OS MUSEUS BRASILEIROS ABRIGAM AS ARTES?
O IBRAM PENSA QUE NÃO
Os artistas abaixo assinados, integrantes do Conselho Nacional de Política Cultural -(CNPC), como representantes dos segmentos artísticos da sociedade civil, manifestam seu repúdio ao EDITAL Nº 1 do INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS-IBRAM, solicitando ao Exmo. Sr. Ministro da Cultura que ordene sua imediata suspensão e reformulação.
Não bastava o Ministério da Educação, através de suas Universidades Federais, manter longe de seus quadros profissionais de diversas artes formados por elas próprias, por conta de seu equivocado Plano de Carreira (Lei 11.091/2005), conforme já denunciado por nós (Moção n. 2 do CNPC, de 4/6/2008, entregue em mãos ao Ministro Fernando Haddad).
Agora é o próprio Ministério da Cultura que ignora solenemente as artes!
Em 2009, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) já realizou concurso para 26 técnicos nas áreas de Arquitetura e Urbanismo, Arqueologia, Antropologia, Arquivologia, Biblioteconomia, Conservação-Restauração de Bens Culturais Móveis e Integrados, Educação, Engenharia Civil, História e Museologia. Nada contra, mas por que apenas 1 com formação em História da Arte?
Agora é o recém-criado IBRAM, cujo edital, com inscrições encerradas dia 23/2/2010, oferece 184 vagas para candidatos graduados em Administração, Economia, Análise de Sistemas, Contabilidade, Engenharia, Psicologia, Comunicação, Relações Internacionais, Arquivologia, Antropologia, Arqueologia, Arquitetura, Biblioteconomia, História, Museologia e Sociologia. Outras 47 poderão ser preenchidas por diplomados em “quaisquer ciências humanas e sociais”. Àqueles que se dedicaram ao estudo das diversas artes, restam eventualmente as 6 vagas de “Analista I”, para graduados “em qualquer especialidade”!
Pergunta-se: onde os saberes artísticos encontrarão reconhecimento? Quando a “gestão cultural” federal sentirá necessidade deles? Que museus são estes, que não abrigam em seus acervos pinturas, esculturas, partituras...? Que patrimônio cultural é este, que exclui gravações musicais, indumentárias e registros de danças populares e de literatura oral? Publicações, vídeos e todo o tipo de documentos sobre teatro e circo?
Na certa não são os museus brasileiros, os existentes ou os que pretendemos construir.
Não podemos ficar calados diante deste erro grave, de consequências duradouras, cometido em pleno nascimento de uma instituição tão importante, sonhada e festejada por todos nós militantes da cultura e das artes.
Com a palavra, o Sr. Ministro.
Brasília, 23 de fevereiro de 2010.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Petição pela inclusão da área no IBRAM
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Parabéns aos calouros aprovados em 2ª chamada!
Sejam Bem-vindos ao Curso de Museologia!
Lista de Aprovados:
Allice Ferreira Lopes
Bruna Santana Fernandes
Bruno Lourenço Antunes de Oliveira
Edvan Aquino de Queiroz
Elisa Bulat
Fumiko Melo Kanegae
Jessica Lorena Oliveira Pedroza
Leonardo de Oliveira Leandro
Loyane de Souza Andrade
Mateus Mascarenhas Melis
Mayra Gusman de Souza
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
IV ENEMU
VALOR: R$ 45,00
Blog: enemusalvador.blogspot.com
Maiores informações: enemusalvador@yahoo.com.br
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Parabéns aos Calouros (Vestibular e PAS)!
Aline Macedo das Neves
Amanda Barros Souza
Ana Maria Duarte Frade
Ariel Brasileiros Lins
Bruno de Melo Vianna
Clarissa Pegas e Souza
Danny Gleidson da Silva
Fernanda Werneck Cortes
Guilherme Reis Nothen
Julia Hochmuller Marotti
Laura Papa Pereira Nunes
Luciana Torres de Mello Jatoba
Marcela Villa Real Franco Tavares
Maria Fernanda Barbosa Ferreira Porto
Maria Ricken de Medeiros
Mariana Pimentel Mascarenhas
Mayara Domingues Monteiro
Poliana Ferreira Rocha
Priscila Mendes de Almeida
Rafael Christofoli Cavalcanti
Raniel da Conceição Fernandes
Rodrigo de Jesus Andrade Rodrigues
Sarah Figueira Ramos
Vinicius Carvalho Pereira
Cirurgiões da História
Lúcia Mafra cuida das telas do Museu Nacional: cursos de qualificação em vários locais do país. Para manter viva a memória,restauradores precisam estudar biologia, arte e engenharia. Em Brasília, trabalhos com papel e pintura são os que mais demandam profissionais
Andar pelas ruas de Brasília é deparar-se com história por todos os lados. A cidade que comemora 50 anos em abril já é casa de arquivos, livros e obras de grande importância nacional. Mas nem sempre todo esse acervo está em boas condições. Para recuperá-lo e mantê-lo, é necessária mão de obra especializada.
Em todo o país, cresce a formação de restauradores. Em Brasília, é possível encontrar cursos de extensão e até um superior na área, mas a oferta ainda é escassa. E a quantidade de gente preparada também. Coordenadora do curso superior na área, oferecido pela Unieuro, Ana Flávia Magalhães Costa acredita que as áreas de papel e pintura oferecem as melhores oportunidades na capital federal, principalmente por conta da demanda dos órgãos públicos.
É no funcionalismo que Lúcia Mafra costura a sua carreira há 23 anos. Formada em artes plásticas pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, ela trabalhou por muito tempo na Câmara dos Deputados, onde restaurava documentos e livros. “Restauração é um serviço caro. Por isso, é mais difícil manter o ateliê, já que as pessoas não costumam gastar muito”, diz.
Para quem está de olho no Ibram, há 35 postos relacionados à área em Brasília, com o salário inicial de R$ 1.999,22. Entre as funções dos técnicos em assuntos culturais está o trabalho de conservação e restauração de obras históricas. Os interessados em trabalhar na capital federal podem ser formados em antropologia (cinco vagas), arqueologia (uma), arquitetura (três), biblioteconomia (duas), história (três), museologia (16) e sociologia (cinco).
Eles indicam
Quem entrou nos órgãos públicos antes da nova tendência avisa que há muito a se construir na área. Motivado pela curiosidade de fazer parte da conservação histórica do país, Marcelo Cabral de Souza interessou-se pela restauração antes de entrar no Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Pouco tempo depois de ter assumido o cargo, pediu para ser transferido para o Laboratório de Conservação e Restauração de Documentos da Secretaria de Documentação doórgão, onde está há 10 anos. “Sempre tive interesse pela conservação dos documentos. Quando soube da oportunidade, não hesitei em me candidatar”, conta.
No STJ, o trabalho é dividido em duas equipes: a de restauração e a de encadernação. Marcelo já trabalhou nas duas etapas e explica que, no laboratório, são feitos de pequenos a grandes reparos. “Em alguns casos, o material chega
O QUE FAZ
Reconhece e avalia a obra de arte e o seu estado de conservação
Examina as possíveis causas de deterioração
Recolhe a maior quantidade de informações possíveis sobre a
época da produção da obra, a origem, o estilo, o autor e as
técnicas utilizadas por ele
Estabelece o melhor critério de intervenção, as formas de
tratamento, as técnicas e os materiais mais adequados
Documenta todas as etapas do tratamento: estado de conservação
inicial, exames e intervenções realizados e tratamento
Preocupa-se com o ambiente onde está a obra, evitando possíveis
danos por falhas na exposição
COM O QUE TRABALHA
Pinturas em tela, paredes e tetos
Desenhos
Esculturas em diversos tipos de materiais, como pedra e madeira
Monumentos e estátuas
Obras arquitetônicas antigas, como igrejas, capelas, casas,
edifícios e templos
Objetos litúrgicos e imagens
Documentos, publicações e mapas
originalmente publicado no Correio Braziliense