sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Petição pela inclusão da área no IBRAM

OS MUSEUS BRASILEIROS ABRIGAM AS ARTES?
O IBRAM PENSA QUE NÃO

Os artistas abaixo assinados, integrantes do Conselho Nacional de Política Cultural -(CNPC), como representantes dos segmentos artísticos da sociedade civil, manifestam seu repúdio ao EDITAL Nº 1 do INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS-IBRAM, solicitando ao Exmo. Sr. Ministro da Cultura que ordene sua imediata suspensão e reformulação.

Não bastava o Ministério da Educação, através de suas Universidades Federais, manter longe de seus quadros profissionais de diversas artes formados por elas próprias, por conta de seu equivocado Plano de Carreira (Lei 11.091/2005), conforme já denunciado por nós (Moção n. 2 do CNPC, de 4/6/2008, entregue em mãos ao Ministro Fernando Haddad).

Agora é o próprio Ministério da Cultura que ignora solenemente as artes!

Em 2009, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) já realizou concurso para 26 técnicos nas áreas de Arquitetura e Urbanismo, Arqueologia, Antropologia, Arquivologia, Biblioteconomia, Conservação-Restauração de Bens Culturais Móveis e Integrados, Educação, Engenharia Civil, História e Museologia. Nada contra, mas por que apenas 1 com formação em História da Arte?

Agora é o recém-criado IBRAM, cujo edital, com inscrições encerradas dia 23/2/2010, oferece 184 vagas para candidatos graduados em Administração, Economia, Análise de Sistemas, Contabilidade, Engenharia, Psicologia, Comunicação, Relações Internacionais, Arquivologia, Antropologia, Arqueologia, Arquitetura, Biblioteconomia, História, Museologia e Sociologia. Outras 47 poderão ser preenchidas por diplomados em “quaisquer ciências humanas e sociais”. Àqueles que se dedicaram ao estudo das diversas artes, restam eventualmente as 6 vagas de “Analista I”, para graduados “em qualquer especialidade”!

Pergunta-se: onde os saberes artísticos encontrarão reconhecimento? Quando a “gestão cultural” federal sentirá necessidade deles? Que museus são estes, que não abrigam em seus acervos pinturas, esculturas, partituras...? Que patrimônio cultural é este, que exclui gravações musicais, indumentárias e registros de danças populares e de literatura oral? Publicações, vídeos e todo o tipo de documentos sobre teatro e circo?

Na certa não são os museus brasileiros, os existentes ou os que pretendemos construir.

Não podemos ficar calados diante deste erro grave, de consequências duradouras, cometido em pleno nascimento de uma instituição tão importante, sonhada e festejada por todos nós militantes da cultura e das artes.

Com a palavra, o Sr. Ministro.

Brasília, 23 de fevereiro de 2010.

Abaixo Assinado

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Parabéns aos calouros aprovados em 2ª chamada!

Parabéns Calouros!
Sejam Bem-vindos ao Curso de Museologia!

Lista de Aprovados:

Allice Ferreira Lopes

Bruna Santana Fernandes

Bruno Lourenço Antunes de Oliveira

Edvan Aquino de Queiroz

Elisa Bulat

Fumiko Melo Kanegae

Jessica Lorena Oliveira Pedroza

Leonardo de Oliveira Leandro

Loyane de Souza Andrade

Mateus Mascarenhas Melis

Mayra Gusman de Souza


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

aula inaugural do curso de Museologia da UFG

convite

IV ENEMU


IV ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE MUSEOLOGIA


LOCAL : UFBA - SALVADOR
VALOR: R$ 45,00
Blog: enemusalvador.blogspot.com
Maiores informações: enemusalvador@yahoo.com.br


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Parabéns aos Calouros (Vestibular e PAS)!

Lista de Calouros:

Aline Macedo das Neves
Amanda Barros Souza
Ana Maria Duarte Frade
Ariel Brasileiros Lins
Bruno de Melo Vianna
Clarissa Pegas e Souza
Danny Gleidson da Silva
Fernanda Werneck Cortes
Guilherme Reis Nothen
Julia Hochmuller Marotti
Laura Papa Pereira Nunes
Luciana Torres de Mello Jatoba
Marcela Villa Real Franco Tavares
Maria Fernanda Barbosa Ferreira Porto
Maria Ricken de Medeiros
Mariana Pimentel Mascarenhas
Mayara Domingues Monteiro
Poliana Ferreira Rocha
Priscila Mendes de Almeida
Rafael Christofoli Cavalcanti
Raniel da Conceição Fernandes
Rodrigo de Jesus Andrade Rodrigues
Sarah Figueira Ramos
Vinicius Carvalho Pereira


Desejamos toda sorte e felicidade para os nossos calouros, que agora fazem parte da grande família Museologia.
Infelizmente, não encontramos nenhum calouro de museologia no momento em que o resultado saiu, mas fizemos questão de deixar registrado nossa primeira participação na recepção aos calouros da UnB.

Thomas e Hérika (confecção do cartaz)

Thomas

Laís e Sâmia

Laís, Sâmia e Anna

Thomas, Prof. Silmara, Hérika e Laís

Thomas, Prof. Silmara, Anna, Hérika e Juliana

Hérika e Julia

Julia, Isabela e Juliana

Hérika (passou em Engenharia Ambiental, mas não nos abandonará)

Thomas, Laís, Hérika e Julia


Cirurgiões da História


Lúcia Mafra cuida das telas do Museu Nacional: cursos de qualificação em vários locais do país. Para manter viva a memória,restauradores precisam estudar biologia, arte e engenharia. Em Brasília, trabalhos com papel e pintura são os que mais demandam profissionais



Andar pelas ruas de Brasília é deparar-se com história por todos os lados. A cidade que comemora 50 anos em abril já é casa de arquivos, livros e obras de grande importância nacional. Mas nem sempre todo esse acervo está em boas condições. Para recuperá-lo e mantê-lo, é necessária mão de obra especializada.

Em todo o país, cresce a formação de restauradores. Em Brasília, é possível encontrar cursos de extensão e até um superior na área, mas a oferta ainda é escassa. E a quantidade de gente preparada também. Coordenadora do curso superior na área, oferecido pela Unieuro, Ana Flávia Magalhães Costa acredita que as áreas de papel e pintura oferecem as melhores oportunidades na capital federal, principalmente por conta da demanda dos órgãos públicos.

É no funcionalismo que Lúcia Mafra costura a sua carreira há 23 anos. Formada em artes plásticas pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, ela trabalhou por muito tempo na Câmara dos Deputados, onde restaurava documentos e livros. “Restauração é um serviço caro. Por isso, é mais difícil manter o ateliê, já que as pessoas não costumam gastar muito”, diz.

No Museu Nacional há três anos, Lúcia cuida das telas e de sua conservação. Entre as etapas do processo, estão fotografar a obra para que seja feito um relatório, examinar o que precisa ser recuperado, além de conhecer a história da obra e do autor. “Vários fatores precisam ser analisados, é importante fazer um laudo técnico antes de começar o serviço. Somos praticamente um clínico geral”, compara. Por isso o desafio de refazer o trabalho dos outros, avisa ela, requer muita especialização. “Fiz cursos em vários locais do Brasil, como São Paulo, Minas Gerais, Salvador e Rio de Janeiro”, enfatiza.
Boa parte dos restauradores da cidade especializou-se na área já exercendo outra profissão. SãotArarquitetos, artistas plásticos, engenheiros, gente que decidiu apostar em um mercado com chances de expansão. Esse foi o perfil de boa parte dos matriculados em um curso oferecido, no início deste mês, pela Universidade de Brasília. Fruto de uma parceria entre o Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, a Casa da Cultura da América Latina e o Departamento da Ciência da Informação e Documentação do Unieuro, a qualificação, que durou uma semana, focou nas novas tendências de conservação e restauração de peças.
Quem não perdeu nenhum dia do curso foi a arquivista Iracema Marinho. Além de dar aulas sobre restauração e conservação na UnB, ela cuida da restauração do acervo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Sebrae). “Percebo que muita gente tem interesse pela restauração, mas seis meses não são suficientes para que os alunos de arquivologia, biblioteconomia e museologia tenham todo o conhecimento necessário. É importante buscar cursos e se aprofundar no assunto”, avalia.
Com dois anos de duração, o curso da Unieuro concede aos alunos o título de tecnólogo. Entre as disciplinas previstas, estão química, biologia, história da arte e climatologia. “Não adianta restaurar uma peça sem levar em consideração detalhes como a climatização do ambiente em que a obra será exposta”, exemplifica Ana Flávia. É por isso que a área é conhecida pelo seu caráter multidisciplinar e exercida por profissionais com diferentes formações. “Um edifício danificado incomoda mais do que um acervo de documentos abandonado, mas ambos têm valor histórico e podem demandar profissionais diferentes”, diz Wivian Diniz, coordenadorageral de bens móveis e integrados do Instituto de Patrimônio Artístico e Nacional (Iphan).
Se antes os funcionários públicos que trabalham com restauração se qualificavam depois de aprovados em concursos, cresce a tendência de exigir conhecimento específico antes da nomeação. Pela primeira vez em sua história, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) abre vagas para técnico em conservação e restauração de bens culturais de móveis e integrados. Criado em 2009, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) também prevê a atividade em seu primeiro edital.
Para trabalhar com restauração no Iphan, será preciso ser formado em arquitetura e urbanismo, história, museologia ou tecnologia em conservação e restauração. O salário é de R$ 3.257,22. Os aprovados de Brasília farão parte da equipe de Wivian Diniz, coordenadora-geral de bens móveis e integrados do instituto. “A demanda de trabalho sempre existiu, mas a profissão, a cada ano, vem ficando mais forte e se firmando”, avalia.Segundo ela, os futuros técnicos vão trabalhar em vários locais do Brasil, ajudando na restauração das obras.

Para quem está de olho no Ibram, há 35 postos relacionados à área em Brasília, com o salário inicial de R$ 1.999,22. Entre as funções dos técnicos em assuntos culturais está o trabalho de conservação e restauração de obras históricas. Os interessados em trabalhar na capital federal podem ser formados em antropologia (cinco vagas), arqueologia (uma), arquitetura (três), biblioteconomia (duas), história (três), museologia (16) e sociologia (cinco).

Segundo a presidente da Associação Brasileira de Conservadores e Restauradores de Bens Culturais (Abracor), Thais Helena de Almeida, a oferta de vagas para os profissionais da área no funcionalismo intensificou-se com a criação dos cursos de conservação e restauro, quando as universidades públicas começaram a selecionar professores. “Estão sendo realizados, no Brasil, vários concursos para restaurador mobilizando a categoria em busca de uma melhor formação acadêmica para concorrer a esses cargos”, avalia.

Eles indicam


Quem entrou nos órgãos públicos antes da nova tendência avisa que há muito a se construir na área. Motivado pela curiosidade de fazer parte da conservação histórica do país, Marcelo Cabral de Souza interessou-se pela restauração antes de entrar no Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Pouco tempo depois de ter assumido o cargo, pediu para ser transferido para o Laboratório de Conservação e Restauração de Documentos da Secretaria de Documentação doórgão, onde está há 10 anos. “Sempre tive interesse pela conservação dos documentos. Quando soube da oportunidade, não hesitei em me candidatar”, conta.

No STJ, o trabalho é dividido em duas equipes: a de restauração e a de encadernação. Marcelo já trabalhou nas duas etapas e explica que, no laboratório, são feitos de pequenos a grandes reparos. “Em alguns casos, o material chega

em situação de alta danificação e temos que fazer a avaliação para definir a melhor forma”, destaca. Segundo o técnico, o acervo muita vezes é alimentado por doação de ministros. “Quando morrem, as famílias costumam doar à biblioteca jurídica”, diz. Chefe de Marcelo, Maria Solange de Brito trabalha com restauração há 14 anos. Ela conta que o tribunal foi um dos pioneiros no Judiciário brasileiro a criar um laboratório de higienização. Para trabalhar na área, Maria procurou cursos no antigo Núcleo de Obras Raras da Imprensa Nacional. “Isso aconteceu em 1995 e, naquela época, a cidade oferecia poucas opções”, lembra. Após a capacitação, a chefe percebeu que muitos documentos precisavam de mais do que limpeza. “As obras necessitavam de restauração. A partir daí, surgiu o laboratório”, explica.
Falta a regulamentação
Impedir que a cultura se perca é trabalho complexo, mas que ainda não é regulamentado no país, o que impede a categoria de ter um piso salarial, por exemplo. “Muitas empresas ligam perguntando quanto devem pagar para o restaurador. Sem um piso, fica a critério de cada empregador definir”, conta Norma Cianflone Cassares, presidente da Associação Brasileira de Encadernação e Restauro (Aber). Tramita no Congresso um projeto de lei para mudar a condição desses profissionais. “Em agosto de 2008, a Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou um projeto de lei que regulamenta a profissão de conservador-restaurador de bens culturais móveis e integrados. Porém o projeto aprovado não é o mesmo elaborado pela Aber e pela Abracor (Associação Brasileira de Conservadores e Restauradores de Bens Culturais)”, critica Norma. A diferença entre as duas propostas é que a aprovada considera que a profissão deve ser exercida exclusivamente por quem tem de nível superior. As associações defendem a participação de profissionais com o nível médio.

O QUE FAZ

Reconhece e avalia a obra de arte e o seu estado de conservação

Examina as possíveis causas de deterioração

Recolhe a maior quantidade de informações possíveis sobre a

época da produção da obra, a origem, o estilo, o autor e as

técnicas utilizadas por ele

Estabelece o melhor critério de intervenção, as formas de

tratamento, as técnicas e os materiais mais adequados

Documenta todas as etapas do tratamento: estado de conservação

inicial, exames e intervenções realizados e tratamento

Preocupa-se com o ambiente onde está a obra, evitando possíveis

danos por falhas na exposição

COM O QUE TRABALHA

Pinturas em tela, paredes e tetos

Desenhos

Esculturas em diversos tipos de materiais, como pedra e madeira

Monumentos e estátuas

Obras arquitetônicas antigas, como igrejas, capelas, casas,

edifícios e templos

Objetos litúrgicos e imagens

Documentos, publicações e mapas

originalmente publicado no Correio Braziliense