domingo, 14 de novembro de 2010

Festa sucesso!


Não tive tempo esses últimos dias, então somente agora pude comentar e divulgar umas das fotos da festa.
Foi um sucesso, a museologia certamente sabe fazer uma festa. Parabéns aos calouros e aos veteranos!
Quando faremos a próxima?

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Confraternização da Museologia - 30.11


Gente, agora que somos 3 turmas, vamos tirar um tempo para nos conhecer em uma atmosfera agradável e descontraída? A Amanda gentilmente ofereceu sua residência como local do encontro.

Aviso aos navegantes: tragam o que forem beber e o pessoal pediu uma colaboração de 5 reais para providenciar comidinhas gostosas... Caso exista outro vegetariano (como Matias) no grupo, manifeste-se, que providenciamos opções.
Sugerimos um esquema de Caravana para os caroneiros. Nos encontraremos 18:30 no Museu Nacional do Conjunto cultural da República. Amigos motorizados, sejam solidários a causa =P

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Terceira turma de Museologia - UnB

É com muita satisfação que posto a foto dos mais novos calouros de Museologia! Infelizmente, não foi possível tirar uma foto de toda turma, mas em outro momento faremos outras fotos. Parabéns novamente por mais uma turma de museologia - UnB!





quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Fotos - Recepção dos Calouros 2º/2010!

Olá colegas!
Aí estão algumas fotos da recepção aos calouros!
Foi muito bom contar com todos que participaram.

As fotos não possuem uma qualidade boa, pois a câmera é analógica, tem quatro lentes e não tem flash, mas eu gostei muito do resultado.
Quem se interessar em ver mais fotos, acesse: museologiaunb.ning.com



quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Horário da Coordenação - Matrícula!

Matrícula
17/09 a partir das 14h30

Ajuste da Matrícula
22/09 a partir das 15h

Coordenação: Prof. Lillian
Local: FCI (Antigo CID) ao lado da Biblioteca.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Carta da Coordenação aos Calouros!

Prezados Calouros do Curso de Bacharelado em Museologia,

Bem-Vindos!

É com satisfação que recebemos a nova turma de alunos para o Curso de Museologia da Universidade de Brasília.

Estamos preparando para vocês uma palestra sobre os procedimentos administrativos da Universidade sobre tudo que se refere à matrícula e por isso, muito agradeceríamos a presença de todos no próximo dia 20 de setembro, às 9h00, no auditório da Faculdade de Ciência da Informação, Entrada Lesta da Biblioteca Central Estudantil. Em seguida, seguiremos para o Laboratório de Informática a fim de finalizar os procedimentos de matrícula, para aqueles que desejarem.

No dia 23 de setembro, convidamos para um café da manhã no Bandejão seguido de caminhada pelo campus e finalizando com a apresentação do Curso de Museologia. O ponto de encontro será a Faculdade de Ciência da Informação, às 8h30.

Convido para tomarem parte nossa Comunidade Virtual (http://museologiaunb.ning.com/) e ficarem à vontade para divulgar toda a informação que julgarem interessante ao universo dos museus e da museologia.

Adicionalmente, deixo à disposição documentos relativo ao Curso no Portal http://alvarestech.com/lillian/Museologia/Documentos.htm

Espero conhecê-los em breve e coloco-me à disposição para toda a informação que desejarem.

Atenciosamente,

Profa. Lillian Alvares

Coordenadora do Curso de Museologia

sábado, 28 de agosto de 2010

Professor de ortodontia passa no vestibular para estudar Museologia

Pela idade, era para ter se aposentado. Em vez disso, Dante Bresolin prestou vestibular para museologia, sonho de menino. Ele é o calouro mais idoso de um lugar onde os colegas de sala terão idade para ser seus netos

Marcelo Abreu

Aos 65 anos, Dante Bresolin virou calouro. Em setembro, se até lá a greve dos funcionários da Universidade de Brasília (UnB) deixar, ele entrará de caderninho novo e se sentará perto do quadro-negro. Ele gosta de prestar atenção às aulas. Ao lado dele, rapazes e moças, uma garotada esperta que acabou de terminar o ensino médio — gente que mora com os pais, usa laptop, internet adoidado, Facebook e todo esse mundo digital. Ele — de cabelos branquinhos (o pouco que restou), caneta e papel e uma vontade quase adolescente de continuar descobrindo — também estará lá. Igualzinho aos moços e às moças supermodernos.

Este homem, aprovado no segundo vestibular da UnB, é um doutor em proporcionalidade facial. O quê? Sim, desses com PHD e tudo. Ele é dentista, com mestrado em ortodontia pela University of Washington, em Seattle, EUA, e doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Há 40 anos, dedica-se a estudar e a tratar a função e a estética dentária e facial dos seus pacientes.

Ele é professor titular no mesmo lugar em que irá virar calouro. E está com o coração batendo apressado de felicidade pela conquista. “Este é o terceiro vestibular que tentava. Agora, passei. Quase não acreditei quando vi meu nome na lista”, festeja, como se fosse um menino de 18 anos. No dia do resultado, na quarta-feira à tarde, o calouro de 65 anos levou ovos e farinha na cabeça. Ficou imprestável. Parecia menino que tinha brigado na rua.

Nem a mulher, que o acompanhava no dia do resultado, escapou. “Levei tanta ovada que até doeu, mas não liguei, não. Tava feliz pela vitória dele. Eu sei como ele quis entrar nesse curso”, comemora a dona de casa Rosa Maria Fabrino Bresolin, 61 anos, sua grande e fiel torcedora.

“O engraçado é que os rapazes me perguntavam, educadamente: ‘A gente pode jogar farinha na cabeça do senhor?’. Eu dizia que sim e eles foram jogando. Virei um deles. E chorei muito, junto com minha mulher e minhas filhas”, emociona-se o calouro-doutor — um homem miudinho, de calça de tecido preta, camisa salmão de mangas curtas, andar compassado, fala pequena com sotaque gaúcho e uma simplicidade quase comovente. Muito diferente da arrogância e onipotência de grande parte dessa gente que ostenta PHD. O doutor Dante é, de fato, um doutor. E doutor se reconhece. Nunca se impõe.

"Preciso me atualizar. Serei o avô da turma. Vou comprar um laptop e um celular, que nunca usei"

É esse homem que fará parte da terceira turma do novíssimo curso de museologia da UnB. Estudar museus e suas histórias, para entender o presente, era sonho que acalentava havia anos. Ele sempre gostou da estética das coisas, das formas. Não foi à toa que escolheu, dentro da odontologia, a especialidade que cuida da estética e da harmonia da face e dos dentes alheios. Faz gente se sentir gente. No seu consultório, no Setor Comercial Sul, muitas vezes a cadeira virou divã. Dante é doutor não somente por ter PHD. É doutor porque gosta de ouvir gente.

E vem de longe a observação do menino que se encantava com o mundo, suas descobertas e suas gentes. Lá na gaúcha Ijuí, entre Cruz Alta e Santo Ângelo, o filho de um jornalista e de uma dona de casa cresceu acreditando que podia mudar o mundo. Em 1962, mudou-se para uma cidade maior, Santa Maria. Terminou o científico. Depois, aos 17 anos, foi servir o Exército, em Porto Alegre. Ficou apenas um ano. Sabia que ali não estava sua vocação.

Cinema
Veio o ano do vestibular. O rapaz miudinho fez um teste vocacional para saber qual seria sua real aptidão. O pai jornalista queria que o filho mais velho fizesse direito. “Nem a psicóloga soube interpretar. Aí, eu disse pra ela que seria dentista. Ela tava tão perdida que concordou”, ele ri.

E por que, afinal, Dante teria escolhido ser dentista? De uma forma sensacional, ele responde: “Quando eu era criança, em Ijuí, em frente à minha casa, morava um dentista. O consultório dele era numa salinha dentro de casa. Toda tarde, por volta das seis horas, ele fechava a portinha do consultório, se arrumava, pegava a mulher e saía para o cinema. Eles iam todas as noites. Aí, eu pensei: ‘Deve ser muito bom ser dentista. Ninguém consegue ir ao cinema todos os dias... Só um dentista’. Resolvi ali”.

"O que dá sentido é a realização. Ser produtivo. A gente pensa que sabe, mas nunca sabe tudo. Tá sempre aprendendo"

Bons tempos, aqueles em que o dentista podia ir todo dia ao cinema. Hoje, depois de 27 anos como professor da UnB, o doutor em ortodontia ganha menos de R$ 4 mil por mês e tem uma sala acanhadíssima no departamento. Nem computador há. No lugar dele, uma máquina manual. Sobrevive graças ao seu consultório particular. “É por isso que nunca parei de trabalhar. Fui pai aos 40 anos, tenho três filhas que ainda precisam muito de mim”, diz.

Voltemos a Porto Alegte de meados de 1960. O rapaz, então, prestou vestibular para odontologia. Fez as provas na própria capital gaúcha e em Diamantina (MG). Passou em ambas as universidades federais. Preferiu a cidade mineira. “Naquela época, os melhores professores do país estavam lá. Não tive dúvida”, conta.

Aos 24 anos, em 1969, o rapaz miudinho se formou. Em Diamantina, conheceu Rosa Maria, sua mulher. Enquanto não arrumava um emprego em sua área, conseguiu um estágio em antropologia física, no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, ligado à UFRJ. “Ali, decidi fazer minha dissertação de mestrado sobre considerações antropológicas em ortodontia.” Em dezembro de 1972, Dante tornou-se o terceiro mestre em odontologia do país.

Aluno outra vez

E chegou a Brasília, para tentar a vida naquilo que havia escolhido. Em 1973, abriu seu consultório no SCS. Até hoje está no mesmo endereço. Em 1978, começou a dar aula de ortodontia numa faculdade em Anápolis(GO). Em Brasília, ainda havia o curso de odontologia. E assim a vida seguiu: consultório e a estrada que liga Brasília a Anápolis.

Veio o segundo mestrado, desta vez nos Estados Unidos. Em 1983, o convite, pela excelência do currículo, para ensinar na UnB. E de lá pra cá, todos os dentistas formados naquela instituição foram alunos dele. Em 1995, o doutorado, no Rio de Janeiro. E o trabalho no consultório, sem faltar uma semana nem desmarcar paciente.

Daqui a cinco anos, aos 70, se não sair antes, ele será convidado a deixar a sala de aula. É a aposentadoria compulsória. “E eu adoro a vida acadêmica, essa agitação, o engajamento”, diz, comovido, quando, nesse momento da entrevista, residentes de medicina invadem a Faculdade de Saúde, com banda de música e apitos, protestando por melhor remuneração e pela reforma do pronto-socorro do Hospital Universitário de Brasília (HUB).

Dante tentará conciliar a vida de professor, de dentista e de aluno-calouro. “Vou me virar. Se não puder mais dar aula daqui a cinco anos, com a compulsória, ser apenas aluno. Tentei o vestibular pra museologia três vezes. Não estudei. As disciplinas da área de humanas sempre gostei. Leio muito, sobre todas as coisas. Acho que fiz uma redação razoável. Mas há mais de 40 anos não via nada de matemática, física e química. Não passei nas outras duas vezes porque ainda não tinha aprendido o macete das provas. Acho que agora aprendi”, diz.

Planos do calouro? “Preciso me atualizar. Serei o avô da turma. Vou comprar um laptop e um celular, que nunca usei. Minha mulher tem; eu, não”, diz. E lembra: “Hoje, nas minhas aulas, mal vejo a cara dos meus alunos. Eles estão sempre com seus laptops ligados”.

E depois de formado em museologia, aos 70 anos? “Se tiver uma chance, vou exercer a profissão. Existem museus particulares, instituições. Alguma coisa vou saber fazer. Só não posso mais prestar concurso público pra nada, né?”

Em setembro, o doutor Dante, o calouro mais idoso deste vestibular, entrará numa sala de aula do curso de museologia. Prestará atenção às aulas, como se fosse o primeiro dia. Talvez o sentido de vida seja sempre esse mesmo: recomeçar, sempre. E ele sabe disso: “O que dá sentido é a realização. Ser produtivo. A gente pensa que sabe, mas nunca sabe tudo. Tá sempre aprendendo. Acho que ainda não cumpri o que desejo. Quero ter um endereço de trabalho enquanto força tiver...”.

O doutor (desses que têm PHD, não ostentam nem fazem disso o cartão de visita — uma raridade) virou calouro. E só pensa em comprar o primeiro caderno para escrever a primeira aula. Humildade é para poucos.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Diplomação -VIS


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Calouros 2º/2010

Sejam bem-vindos calouros!
Estamos muito felizes por nossa 3ª turma de museologia!
Parabéns!

Agueda Macias de Oliveira

Amanda Leite Lopes Moreira

Ana Maria Rosa Santos

Andrea Reis dos Santos

Andreia Firmino Alves

Angela Alvarenga Frutuoso

Aniara da Rocha Saraiva

Bianca Camila de Siqueira Dunck

Cecilia Noronha da Cunha

Celso Fernando Barroso Lima

Cesar Augusto Rissoli Filho

Cleonice Fernandes dos Santos

Dante Bresolin

Evellyn Caroline Mendes

Gabriel Bizzo Barbosa de Amorim

Haradja Paola de Medeiros Souza

Ingridde dos Santos Alves

Karina Lie Sato Inatomi

Karina Lie Sato Inatomi

Katia Fonseca da Silva

Manuela Andrade Abdala

Maria Luiza Ferreira Lopes Batista

Mariano Bernardes de Souza Toniatti

Mirta Eugenia Varella Escosteguy

Monica Fumiko Imai

Natasha Mejia Buarque

Natasha Soares do Nascimento

Nayane Sandes de Oliveira

Rafaela Teixeira dos Santos

Renyr Figueredo Correa

Robson de Goes e Silva

Talita Avila Lucena

Thiago Ferreira de Melo


domingo, 1 de agosto de 2010

domingo, 25 de julho de 2010

CAMU e o curso de Muselogia da UnB apoiam candidatura de Goiânia para ENEMU 2011

O apoio do Centro Acadêmico de Museologia da UnB - CAMU, ganhou respaldo institucional na sexta-feira última (23/07/2010) com aprovação do colegiado consorciado do curso. Por unanimidade o curso de museologia da UnB apoia formalmente a realização do encontro na Federal Goiânia.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Esforço dos museus para atrair visitantes

Especialistas debatem estratégias e tentam resolver problemas desses espaços culturais do país, muitos ociosos


Nahima Maciel

Fonte: Correio Braziliense

Publicação: 16/07/2010 07:00 Atualização: 16/07/2010 08:30

O Brasil recebe cerca de cinco milhões de turistas a cada ano. Se 10% desses visitantes resolvessem procurar os museus das cidades visitadas, provavelmente as instituições não teriam estrutura para atendê-los. Especialmente se a eles se somarem os poucos visitantes locais. O Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, recebe 300 mil visitantes por ano. É a melhor média nacional. No geral, não chega a 10% da população o número de visitantes das instituições museológicas distribuídas pelo país. O índice é menor que o de Portugal, cuja população é quase metade dos 19 milhões da cidade de São Paulo e sua área metropolitana. Os dados pulularam aqui e ali pelas 10 oficinas e 16 sessões de debates espalhadas pelas salas do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, que recebe até amanhã o 4º Fórum Nacional de Museus.

Realizado a cada ano para diagnosticar os problemas da área, trocar experiências e apontar caminhos, o fórum reuniu mais de 1.500 participantes e um time de convidados encarregados de pequenas oficinas sobre temas específicos. Realizado pelo recém-criado Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), o evento pretende ser um palco para tratar dos problemas que afetam os museus brasileiros.

Desde a primeira edição, realizada em 2005, o cenário mudou, especialmente no que diz respeito ao fomento. A criação de editais destinados à área e recursos da União, somados, fizeram com que os museus recebessem incentivos de R$ 120 milhões anualmente de 2008 até hoje. No entanto, queixas como acessibilidade, baixos índices de visitação, dificuldades de organização museológica e manutenção de reservas técnicas persistem.

Toda vez que um roubo surpreende um museu brasileiro, a demanda por formação em segurança para profissionais da área aumenta e o tema ganha corpo em encontros e conferências. Este ano, no entanto, nenhum Picasso ou Matisse foi saqueado dos museus nacionais, embora o quadro Enterro, de Cândido Potrinari, tenha sido roubado na quarta-feira do Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco. Mesmo assim, a oficina de segurança do fórum esteve entre as mais vazias do evento. Especialista do Conselho Internacional de Museus (Icom), o francês Alain Raisson, convidado para o curso de segurança, acredita que é uma das maiores preocupações das instituições.

“O problema mais importante é a manutenção dos sistemas de segurança. Isso quando existem, porque nem sempre existem. E, sobretudo no que diz respeito aos roubos, à formação de pessoal”, diz o especialista, que já precisou evacuar toda uma área do Museu do Louvre por conta de um vazamento no sistema de aquecimento. “Só deu certo porque havia planejamento. Tudo estava pronto.” A questão também foi discutida no seminário de gestão. “Às vezes as saídas de emergência ficam fechadas”, reparou o museólogo Márcio Ferreira Rangel, responsável pela oficina, depois de lembrar um caso de vandalismo durante exposição de Joan Miró no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro.

Ganharam em público as palestras destinadas à confecção de projetos e plano museológico. O interesse é um reflexo da Política Nacional de Museus, que estabeleceu um estatuto obrigatório para todos as instituições do governo federal. Entre as obrigatoriedades está a confecção de um plano museológico. “Se tornou uma exigência que os museus se planejem e estruturem do ponto de vista da gestão para qualificar o serviço que servem à população. Eles têm que estruturar um bom plano para que possam qualificar seus serviços, por isso essa oficina tem grande procura. E eles têm que captar recursos para as atividades”, explica José do Nascimento Júnior, diretor do Ibram. “O estatuto tem um monte de obrigações, mas muitos museus não sabem disso”, reclamou Átila Tolentino, especialista do Iphan em gestão de políticas públicas.

Estruturas precárias

No seminário destinado à integração entre turismo e museus o lamento foi para a distância entre as duas áreas. “O brasileiro vai pouco aos museus”, constatou André Ângulo, funcionário do Museu da República do Rio de Janeiro e professor em cursos para guias de turismo. As estruturas são precárias, os museus não oferecem serviços básicos como visitas com guias auditivos, banheiros com papel higiênico, voucher ou até mesmo comissão para os guias.

“As coisas não são do outro mundo, não são aparatos tecnológicos de Marte, mas os museus têm que compreender um pouco como é a dinâmica turística para poder mostrar o que têm. O turismo é ávido por novidades”, garante Ângulo. “Só que os museus não têm legendas em outras línguas e os guias que fazem hoje os receptivos dos grandes centros também não dominam o que tem lá dentro.”

No quesito atratividade econômica a situação piora. Segundo Luiz Carlos Prestes Filho, convidado para seminário sobre gestão e financiamento, os museus não fazem parte dos três pilares da economia da cultura. “E isso dificulta as ações do Ibram. Os museus brasileiros não sabem como vender seus produtos e serviços. Temos que olhar para os acervos como ativos econômicos”, acredita. Hoje à tarde o evento será marcado pelas discussões dos minifóruns setoriais. Museus de arte, etnológicos, históricos, de ciência, comunitários, de imagem e som e até de bibliotecas fazem reuniões para discutir políticas para a área. O evento também recebeu representantes do Conselho Internacional de Museus (ICOM), que escolheu o Brasil para a conferência de 2013. “É muito importante. Comparo com as Olimpíadas ou a Copa”, explica Vera Alencar, diretora dos Museus Castro Maya, no Rio de Janeiro. “Isso quer dizer que a museologia brasileira é respeitada no mundo inteiro e é muito bem estruturada. Ganhamos de Milão e da Rússia.”

Problemas na cidade

Brasília recebeu o fórum, mas anda mal das pernas para o Ibram. Com o Museu de Arte de Brasília (MAB) fechado e os museus do Índio e Memória Candanga em situação aquém de suas capacidades, resta o Museu da República. Para José do Nascimento Júnior, diretor do Ibram, a situação da capital é temerária. “Recebi o pedido para um evento de arquitetura de museu feito pela Secretaria de Cultura. Com o MAB fechado, o Museu do Índio na situação que está e os demais museus ligados à secretaria tudo em situação precária, eles pedem pela lei Rouanet R$ 800 mil para fazer uma evento de arquitetura internacional de museus em Brasília. É um contrasenso. Se há condição de captar R$ 800 mil para um evento que vai durar uma semana, esses mesmos R$ 800 mil abririam pelo menos o MAB e o Museu do Índio em outras condições”, diz Nascimento. “Isso em uma cidade que precisa se estruturar para receber a Copa do Mundo. Vamos ver o que esse seminário de arquitetura vai discutir em Brasília com os museus fechados.”

Entrevista com José do Nascimento Júnior — diretor do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram)
Os minicursos Plano museológico e Elaboração de projetos são os mais procurados do fórum. Por que?

Primeiro porque o plano museológico hoje, tendo em vista o Estatuto de museus, se torna uma exigência. Os museus devem se planejar e estruturar do ponto de vista da gestão pera qualificar o serviço que servem à população. Cada vez mais os museus buscam estruturar um bom plano para que possam qualificar seus serviços, por isso essa oficina tem grande procura. E o de projeto porque, por outro lado, eles têm que captar recursos para as atividades e, como há vários editais do MinC e do Ibram — como Petrobras, BNDES, Caixa — eles buscam se qualificar para que possam, de fato, captar recursos para projetos.

Por que o curso de Segurança de museus está mais vazio?

Exatamente por isso. Toda vez que ocorre um roubo a gente chama atenção para a segurança, mas se a gente olhar no campo museológico essa não é a preocupação principal, ou porque alguns museus já estão reestruturados ou porque têm outras prioridades na área de captação. Não é uma prioridade da gestão. Abrimos o curso e sempre nos perguntam "vocês estão formando gente em segurança?". Estamos, tá aí aberto, mas a procura é pequena. Quando a gente faz pelo país também é pequena, é a menos pedida. A mais pedida é para planos, conservação, projetos e historiografia.

São quatro fóruns. O que mudou desde o primeiro?

No primeiro tivemos uma renovação muito grande. A quantidade jovens é grande. As pessoas pensam que estamos falando de sexagenários no fórum. Não. Há uma quantidade de jovens, de pessoas de movimento popular, tipo a Estrutural, que tem o ponto de memória, e de pessoas de áreas populares que querem ter seu museu de localidade, além de um amadurecimento do setor para reivindicar, montar suas pautas para a construção de uma política de museus forte. Os convidados internacionais sempre ficam muito surpresos. E tem a maturidade que hoje o setor tem a partir da criação do Ibram, de saber o que é possível fazer e consolidar uma política nacional.

Entrevista com André Ângulo, museólogo do Museu da República, no Rio de Janeiro, e professor em cursos de turismo

Qual a distância entre os museus brasileiros e o turismo?

A maior distância hoje está inserida dentro dos museus no sentido de entender o que é a atividade turística. E no sentido de os museus poderem trabalhar com a questão de voucher, como os grandes pontos turísticos recebem, tipo Pão de Açúcar e Corcovado. Eles tem que entender o tempo e espaço, poder ofertar uma série de serviços dentro dos espaços museológicos como interpretação simultânea em guias auditivos, bons banheiros com papel higiênico. As coisas não são do outro mundo, não são aparatos tecnológicos de Marte, mas essa integração tem, pelo lado dos museus, de compreender um pouco como é a dinâmica turística e poder mostrar o que os museus têm. O turismo é ávido por novidades. E fica por conta do turismo de cobrar dos museus e saber o que podem realizar. Tem também a questão de produtos turísticos afeitos a seus alvos definido.

Por que os 5 milhões de turistas que visitam o Brasil não visitam museus?

Primeiro que os museus também não dizem muito, não se comunicam. Desses cinco milhões de turistas estrangeiros, uma parte parte são de latinos que buscam sol e praia. Se você pegar 1% dá 50 mil, a gente já teria uma super visitação de estrangeiros. Só que aí os museus não têm legendas em outras línguas. E os guias que fazem hoje os receptivos dos grandes centros também não dominam o que tem dentro dos museus. É mais fácil fazer Pão de Açúcar e Corcovado, que comissionam, do que ter um museu que vai ser desafiado. No Museu da República tem uma livraria e eu consegui convencer a mulher da livraria a comissionar os guias. É uma forma de atração. Outros lugares fazem, os museus têm também que mostrar um pouco isso.

E o turista brasileiro, ele visita os museus?

O brasileiro vai pouco aos museus, não chega a 10% da população. A gente tem a sexta maior rede de museus do mundo mas em visitação perde para Portugal, que tem 10 milhões de pessoas. Tem que ter uma questão tematizada dos museus e uma renovação. Às vezes a pessoa vai uma vez e não volta mais pela falta de atratividade desses espaços. Museus não são só espaços de exposição, podem ser espaços de várias coisas, de ter uma vida mais integrada à sociedade.

Entrevista com Alain Raisson, membro do Comitê de Segurança de Museus do ICOM, mora no Brasil desde 1997 e trabalhou no MAC de Niterói

Quais os problemas mais importantes no que diz respeito à segurança nos museus brasileiros?

A manutenção dos sistemas de segurança. Quando existem, porque nem sempre existem. E, no que diz respeito aos roubos, a formação de pessoal. Isso em todos os museus.

O Museu de Arte Moderna de Paris teve quadros de Picasso, Matisse e Modigliani roubados recentemente. Foi uma falha na segurança?

Foi uma falha humana. São ladrões que agem para revender e que têm uma ação rápida, eficaz, de entrar e sair o mais rapidamente. E depois tema a questão do pessoal. O sistema de segurança não estava funcionando e isso foi avisado pela equipe de segurança, mas os responsáveis não ligaram. Deviam ter feito ronda, mas não fizeram, porque com o sistema de segurança funcionando eles não faziam mais ronda.

É um pouco o que aconteceu o Masp?

Sim, exatamente, é perfeitamente comparável.

O que é essencial na formação de pessoal?

Acho fundamental lidar com pessoas que pertencem ao museu e não uma segurança terceirizada. As pessoas que fazem parte do quadro do museu podem ser formadas como guardas, como vigias que saberão eventualmente quem pode cometer um ato de vandalismo ou alguém que vem localizar as obras. Essas pessoas não mudam todo dia, são familiarizadas e têm competência para identificar que tal peça desapareceu ou que o quadro foi tocado ou não está fixado da mesma maneira porque alguém começou a tirar um parafuso, enfim. Uma pessoa terceirizada que vem hoje ao museu, vai amanhã ao banco, não dá. O Museu da Marinha, por exemplo, entendeu isso e quer apenas gente da casa.

É mais difícil recuperar uma obra roubada na América Latina do que na Europa?

Não, é exatamente a mesma dificuldade. Atualmente, as obras de arte servem como moeda de troca tanto para armas quanto para drogas e as gangues intervém em qualquer lugar, seja na América do Norte, na Europa ou na América Latina.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

RIFA 2010

RIFA 2010

RESULTADO DO SORTEIO


CAMU – CENTRO ACADÊMICO DE MUSEOLOGIA
Universidade de Brasília
Faculdade de Ciência da Informação
Curso de Museologia
Tel. (61) 3107-2634 / 3107-2635
Fax. 3273-8454


SORTEIO DA LOTERIA FEDERAL DO DIA 07.07.2010

NÚMERO SORTEADO: 289 NÚMERO DA RIFA: 0289

Ganhador do prêmio: Dete Nice Ramthum


Brasília, 7 de julho de 2010

CAMU – CENTRO ACADÊMICO DE MUSEOLOGIA – UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA / UnB

RIFA 2010





RIFA 2010

REGULAMENTO

CAMU – CENTRO ACADÊMICO DE MUSEOLOGIA
Universidade de Brasília
Faculdade de Ciência da Informação
Curso de Museologia
Tel. (61) 3107-2634 / 3107-2635
Fax. 3273-8454

DESCRIÇÃO DO PROCESSO DO SORTEIO

Será sorteado pela Loteria Federal um iPod Nano 8g 5ª Geração, produto original Apple.


COMO PARTICIPAR

Para participar basta adquirir uma Rifa que está devidamente numerada. Essa numeração respeita o número mínimo (0001) e o número máximo (0999), sem repetição.
É vedada a venda de um bilhete já adquirido tendo em vista que o prêmio será entregue ao comprador do bilhete vencedor.


SORTEIO

O prêmio será distribuído de acordo com o resultado da Loteria Federal que será realizado no dia 7 de julho de 2010. Em não havendo sorteio nessa data, será utilizado o imediatamente seguinte.
Será contemplado o comprador da Rifa cujo número seja formado pelas unidades do 1º ao 3º prêmio da Loteria Federal, lidos verticalmente de cima para baixo.
Ressalva-se que o primeiro número “0” será descartado no sorteio, porém os imediatamente seguintes serão considerados em sua essência.

Tudo conforme exemplo abaixo:

SORTEIO DA LOTERIA FEDERAL DO DIA 07.07.2010




NÚMERO SORTEADO: 309 NÚMERO DA RIFA: 0309

Na eventualidade do número sorteado não ter sido distribuído, dar-se-á a entrega do prêmio ao comprador do cupom distribuído imediatamente superior, 0310, ou na falta deste, ao imediatamente inferior, 0308.


Em não havendo ganhador serão utilizados os números das dezenas de cada prêmio, seguindo os critérios dos parágrafos anteriores. Caso, mesmo assim, não haja contemplado serão utilizados os números das centenas de cada prêmio.


Por fim, não havendo ganhador será utilizado o próximo sorteio da Loteria Federal e, novamente, observado todos os critérios anteriormente mencionados até que alguém seja sorteado.


ENTREGA DO PRÊMIO

A entrega do prêmio será realizada até 20 dias a contar da data do sorteio, mediante a entrega do bilhete. O prêmio distribuído deverá ser livre e desembaraçado de qualquer ônus para o contemplado.
A divulgação dos resultados dos sorteios da Loteria Federal e conseqüente apuração do ganhador será realizada no site http://museologia-unb.blogspot.com/. O contemplado deverá entrar em contato apresentando o título que lhe dará direito a receber o prêmio. O telefone para contato foi divulgado no bilhete da Rifa, e será novamente divulgado no site no dia do sorteio.


FURTO, PERDA, ROUBO OU EXTRAVIO DO BILHETE E DE CANHOTO

Com relação ao canhoto ou o bilhete , caso ocorra um destes casos deverá ser comunicado a um dos responsáveis pelo Centro Acadêmico de Museologia no menor tempo possível para que sejam informados os procedimentos necessários.


DO PREENCHIMENTO

Os canhotos das rifas deverão conter o nome, telefone e e-mail do comprador do bilhete. É permitida a utilização de carimbo, porém etiquetas são proibidas, assim como rasuras.


Brasília, 7 de julho de 2010


CAMU – CENTRO ACADÊMICO DE MUSEOLOGIA – UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA / UnB

sábado, 26 de junho de 2010

Aula Magna da Museologia!!!

Aula Magna reuniu alunos no Auditório da Faculdade de Ciência da Informação
João Thiago Stilben

Fonte: Campus online
Escrito por Emanuella Camargo

Após ficar vinte anos no papel, o curso de Museologia da Universidade de Brasília inaugurou, nesta semana, seu segundo semestre letivo com uma Aula Magna e um Ciclo de Palestras que reuniu profissionais de diversas áreas ligadas a cultura. As expectativas e desafios do novo curso foram discutidos e expostos aos alunos e visitantes.

A coordenadora do curso de Museologia, Lilian Alvares, deu boas vindas aos alunos presentes e ressaltou a importância do novo curso para o corpo acadêmico: “Vamos acenar por um curso que vai construir novos caminhos para professores e alunos do departamento”.

A abertura do evento contou também com a participação do diretor da Biblioteca Nacional da República, Antônia Miranda, que criticou a falta de atenção do governo com questões relacionadas à cultura: “A gente constrói estádios de futebol e quartéis militares, enquanto os espaços de cultura ficam de lado. É uma regra perversa”.

A diretora da Faculdade de Ciência da Informação (FCI), Elmira Simeão, adiantou que algumas obras já estão previstas para dar apoio às pesquisas na área. “O curso está em constante reformulação e por isso temos a preocupação com a criação de espaços para laboratórios e pesquisa. Seis laboratórios de tratamento técnico já estão previstos aqui para a Faculdade”, declarou Simeão.

O nascimento do curso e o diferencial

O curso de Museologia percorreu um longo período de pesquisas e projetos até que seu currículo fosse concluído. Há 20 anos, a Faculdade de Ciência da Informação (FCI) recebeu a proposta para criação do curso. O projeto foi apresentado em 1988 junto ao MEC e passou por uma reformulação em 2006.

No dia 16 de abril de 2009 o Conselho Universitário (Consuni) da Universidade de Brasília aprovou a criação de nove cursos de graduação. Entre eles, o de Museologia. Os outros cursos foram: Ciências Ambientais, Engenharia da Computação, Engenharia de Produção, Geofísica, Gestão de Políticas Públicas, Letras – Tradução, Licenciatura em História (noturno) e Licenciatura em Música (noturno).

Com 30 vagas, o curso de Museologia foi ofertado, pela primeira vez, no segundo vestibular de 2009.

Arquivologia, Antropologia, Biblioteconomia, História e Artes Visuais são diversas áreas do conhecimento que integram o curso que propõe uma base curricular interdisciplinar. A necessidade de formar um profissional que se comunique com as demais vertentes foi um dos pontos fundamentais na elaboração do currículo.

“É importante poder caminhar por todas as áreas. É um pouco da proposta de funcionamento da Universidade como um todo” relata Anna Paula da Silva, graduada em História e aluna da primeira turma de Museologia. Mas para ela ainda há barreiras: “As matérias são muito seletivas, a gente queria que elas fossem mais abrangentes”.

Anna Paula não é a única aluna de Museologia que elegeu o curso como segunda formação: “Já na primeira turma existem sete pessoas com outra graduação como bagagem. Museologia apareceu como uma oportunidade de se capacitar mais”.

A coordenadora do Projeto Museu da Educação, Eva Waisros Pereira, presente na Aula Magna, estabeleceu três pontos dentro dos quais a Museologia deve se fixar. Para ela, “o curso ainda é uma ideia em andamento. E por isso deve ser um espaço de formação pesquisa e memória”.

Dificuldades e metas

A instabilidade do currículo e os problemas com a infraestrutura foram algumas das reivindicações dos alunos da primeira turma do curso. Mas o que poderia desestimular os alunos acabou por fortalecer o vínculo entre eles e a consciência da importância de cada um na construção do curso. Diante desse horizonte, o representante do Centro Acadêmico de Museologia, o CAMU, Matias Monteiro afirma: “queremos trabalhar para o curso ser uma referência no país”.

Reportagens interessantes.

Acessem os links abaixo sobre o Museu do Amanhã e Pinturas mais antigas dos apostólos de Jesus Cristo.

Arqueólogos acham pinturas mais antigas dos apóstolos de Jesus

Museu do Amanhã será feito com material reciclável, diz espanhol

sábado, 19 de junho de 2010

terça-feira, 8 de junho de 2010

Petição- por favor assinem

Petição eletrônica pela devolução do Museu H. e A. de Brazlândia

Maiores informações:
http://losbois.blogspot.com/2010/06/nos-dias-26-26-e-27-participei-de-um.html

Petição:

http://www.ipetitions.com/petition/museumemoriaecidadania/

domingo, 6 de junho de 2010

4º Fórum Nacional de Museus

O IBRAM já disponibilizou o site do 4º Fórum Nacional de Museus.
Confiram no site a programação, inscrição, regimento relacionados ao Fórum.

Mais informações: www.museus.gov.br

terça-feira, 18 de maio de 2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

12o Encontro da Rede de Educadores em Museus e Instituições Culturais DF

A Rede de Educadores em Museus e Instituições Culturais do Distrito Federal – REMIC-DF, surgiu em 2008, a partir de experiências bem sucedidas como a Rede de Educadores em Museus do Rio de Janeiro – REM, com o propósito de integrar os profissionais que atuam junto a projetos de cunho educativo e/ou patrimonial em museus e instituições culturais de Brasília e do entorno.

Convictos de que a educação é o mais eficiente recurso no enfrentamento dos problemas e desafios gerados pela sociedade contemporânea globalizada, a REMIC-DF se propõe a ser mais um instrumento de integração e desenvolvimento dos profissionais e ações educativas realizadas nos espaços de educação não formal. Entre suas atividades, a REMIC-DF realiza encontros mensais com o objetivo de congregar, discutir e refletir sobre as práticas educativas e/ou patrimoniais em Museus e Instituições Culturais no Distrito Federal e região do Entorno.

É com esse intuito que a REMIC-DF convida estudantes, mediadores, educadores, técnicos e demais profissionais de Museus e Instituições Culturais para seu 12º Encontro a ser realizado no dia 7 de Maio (sexta-feira) na Sala de Leitura & Debates da CAIXA Cultural Brasília (SBS, Quadra 04, Lotes 03 e 04 – atrás do prédio do Banco Central), às 9hs.

Neste encontro, assistiremos a apresentação do Projeto Educativo Gente Arteira e debateremos o tema "O papel da arte contemporânea nas práticas educativas em museus e instituições culturais", após palestra do artista e educador em museus Matias Monteiro.

Também divulgaremos a agenda da REMIC-DF para 2010, a política para recebimento do certificado de participação e renovação do cadastro de membros da Rede.

Maiores informações: remicdf@gmail. com / http://remic- df.blogspot. com

RESUMO

Local: Sala de Leitura & Debates – CAIXA Cultural Brasília

Data: 7 de Maio de 2010

Horário: 9 horas

Público alvo: guias turísticos, professores, estudantes, mediadores, educadores, técnicos e demais profissionais de Museus e Instituições Culturais e público interessado.

terça-feira, 4 de maio de 2010

FACULDADE DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

Caros professores (as) e servidores(as)


É com alegria que recebemos na sexta o resultado da votação do Consuni sobre o projeto de criação da FCI, agora oficialmente aprovado. Mais gratificante ainda observar o carinho e as manifestações de todos os que compareceram à solenidade e também os e-mails e ligações que chegaram em seguida. Temos agora a enorme responsabilidade de concretizar a proposta e lutar juntos pelo espaço físico que atenda às necessidades da FCI. Parabenizo a todos, especialmente o professor Murilo e a Comissão, destacando o trabalho das coordenações e dos servidores.

Um abraço fraterno,

Professora Elmira Simeão


UNB AGêNCIA
CRIADA A FACULDADE DE CIêNCIA DA INFORMAçãO

Consuni aprova transformação do Departamento de Ciência da Informação
e Documentação em faculdade

Leia a matéria completa.
http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=3249

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Acervos de artistas de Brasília em condições precárias

Fonte: Correio Braziliense
Data: 08/04

Brasília tem acervos de luxo guardados em caixas de papelão, armários envelhecidos e saletas fechadas. Fotografias, obras, filmes e gravações de figuras que fizeram a história da cultura no Distrito Federal são objetos de angústias por parte das famílias e alvo de descaso das instituições públicas, que não se mobilizam para cuidar de um patrimônio capaz de contar a história da cidade dos últimos 50 anos.

Na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, figurinos da década de 1930, objetos cênicos e fotografias aguardam restauro. Na casa da bailarina Gisele Santoro é todo um armário que abriga as fitas e manuscritos do maestro Claudio Santoro e no apartamento de Maíra Oliveira estão as caixas com objetos e fotografias expostos na mostra Viva Esquadrão da Vida, realizada na Caixa Cultural em 2008.

Objetos que integram o acervo da família de Renato Russo

Outra casa também é o abrigo do acervo deixado por Renato Russo. É ao Rio de Janeiro que a irmã do cantor, Carmem Manfredini, precisa se dirigir quando quer organizar discos e papéis de Russo. "Deixamos tudo no apartamento que era dele, no Rio", avisa a cantora. Quando assumiu a Secretaria de Cultura, em 2007, Silvestre Gorgulho contou ao Correio ter a intenção de criar um memorial para os acervos de diferentes fazedores de cultura da cidade. A ideia, no entanto, nunca tomou corpo. Enquanto isso, os acervos de luxo como os de Ary Pára-Raios e Claudio Santoro agonizam em armários e caixas, longe das vistas do público e dos pesquisadores da história da cultura na cidade. Veja o que contêm esses acervos e como estão acondicionados.

Dulcina de Moraes
Tudo é difícil quando se trata de figurinos antigos. "São poucos restauradores", explica Francis Wilker, coordenador da Fundação Brasileira de Teatro, responsável pelo acervo de Dulcina de Moraes. "É uma manutenção muito cara." Boa parte do acervo deixado pela atriz inclui figurinos e objetos cênicos, mas Wilker contabiliza como mais importante o conjunto de cartas, documentos e fotografias.

Em 2008, uma parceria como o Tribunal de Contas da União (TCU) possibilitou a higienização de 10% do material. Foi a única investida de conservação do arquivo. Desde então, a faculdade luta para viabilizar projetos que permitam tirar o acervo da sala à qual está confinado e torná-lo acessível ao público e historiadores. "Mas no geral falta consciência da importância disso para a cidade, tanto no que esses acervos representam historicamente quanto no que poderiam agregar ao turismo", lamenta Wilker. "Se alguém quer consultar, a gente agenda visita, mas não temos tudo digitalizado. Já conseguimos fotografar boa parte e a ideia é ter uma galeria virtual. Por ser uma instituição de ensino e pesquisa, a faculdade tem um interesse grande que esse acervo possa ser fonte de consulta."

Renato Russo
Quando empacotou fotos, discos, cartas e objetos do irmão para realizar a exposição Renato Russo Manfredini Júnior no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em 2004, Carmem Manfredini tinha a esperança de não precisar carregar tudo de volta para o Rio de Janeiro. Afinal, há anos os governos locais prometem dar o primeiro passo para construir um memorial para o cantor. Mas Carmem não teve escolha. No fim da exposição, embalou tudo e voltou com as caixas para o apartamento do irmão na capital carioca. "Quando veio a oportunidade da exposição, eu fiz porque queria que as pessoas vissem esse acervo, que estava tão parado. Houve interesse do Rio em fazer (um memorial) lá, mas a família não quis, prefere que seja aqui. A parte toda de rock o Renato desenvolveu em Brasília, as letras, tudo, então a gente quer muito que seja aqui."

No apartamento carioca há desde roupas e mobília até os escritos, incluindo diários escritos pelo cantor e correspondência. "Tá superconservado, bem arrumado. A gente tem uma pessoa que cuida e é muito próxima da família, mas os manuscritos não estão organizados, tenho que parar e começar a mexer", diz Carmem.

Ary Pára Raios
Maíra Oliveira precisou optar por dar continuidade ao trabalho do Esquadrão da Vida ou se dedicar ao acervo do grupo quando inscreveu projeto no Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Escolheu então manter vivo o esquadrão criado pelo pai, Ary Pára-Raios. "A gente ganhou do FAC um projeto de manutenção do grupo e gostaria que fosse suficiente para fazer tudo, mas não é. Ou você mantém o grupo, paga os atores, ou opta por conservar esse acervo", conta Maíra, que não abriu as caixas com o material da exposição Viva Esquadrão da Vida porque acreditava que poderia, em breve, transferir o acervo para um local seguro. No entanto, o local seguro encontrado está dividido entre quatro apartamentos de amigos e familiares.

"Toda vez que vou a esses lugares fico com vontade de chorar e sem saber como agir, porque precisa de estruturação, de alguém que saiba organizar uma forma de outras pessoas verem isso. Os filmes estão se perdendo, tem foto grudando", avisa Maíra. "Não quero abrir as caixas porque gostaria que essa exposição fosse permanente, um espaço que pudesse ser do Esquadrão, em que pudéssemos ter oficinas, espetáculos e cuidar do nosso material. Já desisti de falar sobre isso, de pedir, mas fico pensando que é um grupo de 30 anos, é a história da cidade." Entre manuscritos, filipetas, fotografias e filmes estão figurinos usados em espetáculos clássicos como Na rua com Romeu e Julieta e restos de tecidos que Maíra tenta reaproveitar nos trabalhos atuais do Esquadrão.

Cláudio Santoro
O acervo do maestro que fundou a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional inclui 59 obras sinfônicas, mais de 40 peças para piano, 12 composições para balé e dezenas de partituras para instrumentos solos, música de câmara, coro e canto. Uma produção intensa para um dos mais importantes nomes da música erudita brasileira do século 20. No entanto, há pouca coisa de Santoro gravada e editada.

A família mantém o site www.claudiosantoro.art.br, com um catálogo de tudo o que o maestro escreveu. Algumas partituras estão editadas e à venda. "O que não está a gente vende a cópia do original", explica Gisele Santoro, viúva do compositor. "A gente vai fazendo aos poucos, com o pouquinho de dinheiro que consegue aqui e ali, digitalizamos algumas obras, mas é um material muito caro, a gente acaba não fazendo as grandes obras orquestrais, faz as de uma página."

O problema maior está nas fitas com a música eletroacústica, material que nunca ganhou o papel e único registro dessa produção na trajetória de Santoro. Se não forem digitalizadas, essas obras podem acabar inaudíveis em poucos anos. Gisele já foi abordada por diferentes governos do Distrito Federal com supostas intenções de projetos para conservar a obra do compositor, mas a ideia morre antes mesmo de findos os mandatos de governadores e secretários de Cultura. "O pessoal fala muito e não faz. A situação continua na mesma, a gente não tem apoio, então vai cuidando como pode." Uma parceria com a Universidade de Brasília (UnB) possibilitou que a correspondência de Santoro ganhasse atenção especial e 50% das cartas encontradas no acervo já foram digitalizadas. "A gente quer criar na Biblioteca Central (da UnB) um arquivo para estudos de pós-graduação", avisa Beatriz Castro, responsável pela recuperação e coordenadora do programa de pós-graduação Música em contexto.