domingo, 31 de janeiro de 2010

Centro Cultural Histórico e Artístico de Planaltina

Nesse último sábado (30/01) eu, Matias e Prof. Silmara tivemos a oportunidade de conhecer o Museu Histórico e Artístico de Planaltina e a Igreja de São Sebastião, que existe há mais de 100 anos.
A nossa idéia inicial é abraçar o Museu de Planaltina, como também todo o seu complexo cultural, que envolve as construções coloniais e a igreja.
Percebemos durante o nosso percurso que existem vários problemas, como: acervo, política da administração regional, vandalismo, falta de educação patrimonial, enfim tudo aquilo que é precário e causa grandes prejuízos para a memória de um povo.
Esperamos que todos possam contribuir com esse novo desafio, que é fazer um trabalho museográfico e educativo nessa cidade histórica.






"O Haiti existe?", de Frei Betto

Interessados em exibir na Europa uma coleção de animais exóticos, no início do século 19, dois franceses, os irmãos Edouard e Jules Verreaux, viajaram à África do Sul. A fotografia ainda não havia sido inventada, e a única maneira de saciar a curiosidade do público era, além do desenho e da pintura, a taxidermia, empalhar animais mortos, ou levá-los vivos aos zoológicos.
No museu da família Verreaux os visitantes apreciavam girafas, elefantes, macacos e rinocerontes. Para ela, não poderia faltar um negro. Os irmãos aplicaram a taxidermia ao cadáver de um e o expuseram, de pé, numa vitrine de Paris; tinha uma lança numa das mãos e um escudo na outra.
Ao falir o museu, os Verreaux venderam a coleção. Francesc Darder, veterinário catalão, primeiro diretor do zoológico de Barcelona, arrematou parte do acervo, incluído o africano. Em 1916, abriu seu próprio museu em Banyoles, na Espanha.
Em 1991, o médico haitiano Alphonse Arcelin visitou o Museu Darder. O negro reconheceu o negro. Pela primeira vez, aquele morto mereceu compaixão. Indignado, Arcelin pôs a boca no mundo, às vésperas da abertura dos Jogos Olímpicos de Barcelona. Conclamou os países africanos a sabotarem o evento. O proprio Comitê Olímpico interveio para que o cadáver fosse retirado do museu.
Terminadas as Olimpíadas, a população de Banyoles voltou ao tema. Muitos insistiam que a cidade não deveria abrir mão de uma tradicional peça de seu patrimônio cultural. Arcelin mobilizou governos de países africanos, a Organização para a Unidade Africana, e até Kofi Annam, então secretário-geral da ONU. Vendo-se em palpos de aranha, o governo Aznar dediciu devolver o morto à sua terra de origem. O negro foi descatalogado como peça de museu e, enfim, reconhecido em sua condição humana. Mereceu enterro condigno em Botswana.
Em meus tempos de revista Realidade, nos anos 60, escandalizou o Brasil a reportagem de capa que trazia, como título, “O Piauí existe.” Foi uma forma de chamar a atenção dos brasileiros para o mais pobre Estado do Brasil, ignorado pelo poder e pela opinião públicos.
O terremoto que arruinou o Haiti nos induz à pergunta: o Haiti existe? Hoje, sim. Mas, e antes de ser arruinado pelo terremoto? Quem se importava com a miséria daquele país? Quem se perguntava por que o Brasil enviou para lá tropas a pedido da ONU? E agora, será que a catástrofe - a mais terrível que presencio ao longo da vida – é mera culpa dos desarranjos da natureza? Ou de Deus, que se mantém silencioso frente ao drama de milhares de mortos, feridos e desamparados?
Colonizado por espanhóis e franceses, o Haiti conquistou sua independência em 1804, o que lhe custou um duro castigo: os escravagistas europeus e estadunidenses o mantiveram sob bloqueio comercial durante 60 anos.
Na segunda metade do século 19 e início do 20, o Haiti teve 20 governantes, dos quais 16 foram depostos ou assassinados. De 1915 a 1934 os EUA ocuparam o Haiti. Em 1957, o médico François Duvalier, conhecido como Papa Doc, elegeu-se presidente, instalou uma cruel ditadura apoiada pelos tonton macoutes (bichos-papões) e pelos EUA. A partir de 1964, tornou-se presidente vitalício... Ao morrer em 1971, foi sucedido por seu filho Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, que governou até 1986, quando se refugiou na França.
O Haiti foi invadido pela França em 1869; pela Espanha em 1871; pela Inglaterra em 1877; pelos EUA em 1914 e em 1915, permanecendo até 1934; pelos EUA, de novo, em 1969.
As primeiras eleições democráticas ocorreram em 1990; elegeu-se o padre Jean-Bertrand Aristide, cujo governo foi decepcionante. Deposto em 1991 pelos militares, refugiou-se nos EUA. Retornou ao poder em 1994 e, em 2004, acusado de corrupção e conivência com Washington, exilou-se na África do Sul. Embora presidido hoje por René Préval, o Haiti é mantido sob intervenção da ONU e agora ocupado, de fato, por tropas usamericanas.
Para o Ocidente “civilizado e cristão”, o Haiti sempre foi um negro inerte na vitrine, empalhado em sua própria miséria. Por isso, a mídia do branco exibe, pela primeira vez, os corpos destroçados pelo terremoto. Ninguém viu, por TV ou fotos, algo semelhante na Nova Orleans destruída pelo furacão ou no Iraque atingido pelas bombas. Nem mesmo após a passagem do tsunami na Indonésia.
Agora, o Haiti pesa em nossa consciência, fere nossa sensibilidade, arranca-nos lágrimas de compaixão, desafia a nossa impotência. Porque sabemos que se arruinou, não apenas por causa do terremoto, mas, sobretudo, pelo descaso de nossa dessolidariedade.
Outros países sofrem abalos sísmicos e nem por isso destroços e vítimas são tantos. Ao Haiti enviamos “missões de paz”, tropas de intervenção, ajudas humanitárias; jamais projetos de desenvolvimento sustentável.
Findas as ações emergenciais, quem haverá de reconhecer o Haiti como nação soberana, independente, com direito à sua autodeterminação? Quem abraçará o exemplo da dra. Zilda Arns, de ensinar o povo a ser sujeito multiplicador e emancipador de sua própria história?

sábado, 30 de janeiro de 2010

Exposição SUPERFRÁGIL

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Disciplina de Conservação e Restauro de Documentos

Atividade prática de produção de ficha e higienização.
28 de Janeiro de 2010.
alunos de museologia, biblioteconomia, arquivologia e artes plásticas.



Disciplinas.

Finalmente, estamos conseguindo organizar o nosso curso.
Todas as disciplinas obrigatórias e optativas serão cadastradas no sistema matrículaweb, ou seja, no dia 22/02 (início da matrícula) teremos um perfil digno de nosso curso.

Parabéns ao esforço do CAMU!

ps.: Assim que tivermos todas as disciplinas disponilizaremos aqui no Blog.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

ATA DA PRÉ-CONFERÊNCIA SETORIAL DE MUSEUS E MEMÓRIAS DO DISTRITO FEDERAL

Aos vinte e cinco dias do mês de janeiro do ano de dois mil e dez, no Auditório dois do Museu Nacional de Brasília, do Conjunto Cultural da República, sito no Setor Cultural Sul, Lote dois, Brasília, Distrito Federal, reuniram-se os membros da Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal, doravante SECDF, representados pela Subsecretária de Políticas Culturais, Ione Maria de Carvalho, pela Diretora Substituta de Patrimônio Histórico e Artístico, Marta Gomes de Almeida Icó, pela Assessora Ana Maria Duarte Frade e técnicos da respectiva Diretoria, gestores de museus sediados no Distrito Federal, profissionais de áreas afins, estudantes e comunidade em geral, para a discussão e levantamento das propostas que serão encaminhadas à Pré-conferência Nacional de Cultura, segmento Museus e Memórias, e, ainda, para a eleição dos três delegados e respectivos suplentes. A senhora Marta abriu o evento, dando as boas vindas a todos, esclarecendo que a realização da Pré-conferência de Museus e Memórias é uma parceria do Governo do Distrito Federal, doravante GDF, por meio da SECDF, com o Instituto Brasileiro de Museus, doravante IBRAM, e o Ministério da Cultura, doravante MinC. Em seguida, falou que a Pré-conferência tem como objetivo mobilizar a comunidade museológica para a discussão de assuntos comuns entre as instituições, o levantamento de propostas, a eleição dos três Delegados que representarão o Distrito Federal na Pré-conferência Nacional de Cultura, a ser realizada nos dias vinte e seis, vinte e sete e vinte e oito de fevereiro, no Rio de Janeiro. Informou que os delegados eleitos terão a passagem aérea e a alimentação custeada pelo MinC. Solicitou aos participantes que não haviam efetuado a inscrição no site para preencherem o formulário que se encontra na recepção. Lembrou aos participantes a importância de sua permanência na plenária até o final do evento, pois todos assinarão a ata, que é o documento que legitimará a Pré-conferência do Distrito Federal junto ao IBRAM/MinC. Iniciando os trabalhos, chamou a senhora Subsecretária de Políticas Culturais, Ione Maria de Carvalho, para tomar assento e, também, o senhor Cássio Brustolim, representante do IBRAM. Antes de passar a palavra à Subsecretária, informou que o conhecimento da Pré-conferência se deu apenas há uma semana e meia atrás e tivemos dificuldades para a divulgação no nosso site. Recebendo a palavra, Ione agradeceu a presença dos que aqui estão e informou que na Pré-conferência de Circo, Dança e Teatro compareceram apenas cinco pessoas. Falou que é necessária a união de todos os museus do Distrito Federal e lastimou e estado de conservação dos museus vinculados à SECDF, citando exemplos do Catetinho, do Museu Nacional. Pensa que em Brasília não existe uma consciência pública da necessidade dos museus, que este momento é um momento de reflexão que deve ser aproveitado pelos que aqui estão. Pediu à senhora Marta para apresentar à plenária o Sistema de Museus do Distrito Federa, que relatou o trâmite que esse Projeto de Lei vem seguindo, para a sua publicação. Ione sugere que se organize uma Comissão para pressionar a assinatura da Lei. Convidou todos a participarem do I Simpósio de Arquitetura e Museus, que será realizado em setembro próximo, dentro das comemorações dos 50 anos de Brasília. Explicou a importância desse Seminário, dizendo que os museus são mais importantes do que as escolas, porque podem fazer chegar a todos a cultura e o conhecimento. Brasília tem que ser o centro irradiador da cultura e da museologia do país, através da união dos que aqui estão e de uma postura política voltada para a valorização e o fortalecimento dos museus. O Seminário questionará, também, porque as pessoas viajam para ver prédios de museus, mais que seus acervos e porque isso acontece e qual a economia de cultura que está por trás disso e a importância dessa cadeia produtiva. Contou que está empenhada em construir um Centro de Conservação e Restauro de excelência e referência para esta capital, o Brasil e a América Latina; que está empenhada em contratar arqueólogos para dar início a um trabalho nessa área no Distrito Federal. Que esta reunião é muito importante, pois representa um começo de um trabalho comunitário, onde todos poderão se apoiar e conseguir melhorias para os seus museus. Que a união não pode ser omissa, que deve ser efetiva e conseguir construir o que se propõe. Martita passou a palavra a Cássio, o representante do IBRAM, que cumprimentou a todos e ressaltou a importância da área museológica para o MinC. Espera que, apesar do pequeno numero de participantes, a discussão e as propostas sejam positivas. Elencou as regras para a candidatura dos três delegados e disse que foi aberta exceção, para o DF, de eleição de um representante comissionado, servidor distrital. A eleição será feita em cédula tripla, com votação obrigatória em três pessoas, sob pena de invalidação do voto. Os delegados devem apresentar os documentos exigidos somente quando se apresentarem no Rio de Janeiro, ele sairá daqui com a ata, os nomes e contatos dos eleitos. Fez um relato da trajetória dos processos de eleição para os delegados para a Confêrencia Nacional de Cultura, doravante CNC, informando que esse é um processo sério e que das propostas tiradas na I CNC, muitas delas já viraram lei. Propõe que as propostas tiradas daqui sejam encaminhadas ao novo Governador eleito do Distrito Federal. Desejou um bom debate a todos e que se possa levar daqui uma bela carta de intenções. Martita abriu a discussão, passando a palavra para o senhor Raimundo, do Banco Central do Brasil, que pediu a apresentação do evento. O senhor Cássio, então, relatou que na I CNC, algumas áreas ficaram descobertas e que para suprir essa lacuna, foi aberta a discussão para a área museológica e outras não contempladas. O debate desta reunião é livre, depende do rumo que a conversa tomar e que ele ajudará. Jervan, do Museu Comunitário da Ceilândia, perguntou se ele, como servidor público, pode se candidatar a delegado e lhe foi informado que sim porque, tanto a área museológica quanto a arquivística são preferencialmente institucionais. Ione pergunta a Cássio se o Governo Federal poderá ajudar os museus municipais e estaduais a obrigar os Estados a contratar profissionais do ramo para os museus. Telma, responsável pelo Museu de Valores do Banco Central, disse que chegou a decorar a Lei dos Museus, a 11.904, mas que a situação de Brasília é peculiar, pois no caso do museu dela, ele não se enquadra como um museu federal, que o Museu de Valores se constituiu dentro do órgão, não tem CGC e em vários momentos se sentem desprotegidos; esses museus dependem do entendimento do gerente daquele momento, para serem beneficiados e levados em consideração. Ela se deparou com o questionamento de se contar a história da moeda é importante ou não, deve-se pensar uma maneira de se precaver em relação aos gestores; os funcionários são de carreira, não há concurso para museólogo no órgão, que é voltado para a área financeira. Ione responde que esteve na SEPLAG com Martita, também solicitando pessoal específico. Martita explica que os museus do DF sequer existem, não têm dotação orçamentária, não têm estrutura orgânica, não têm estrutura física para serem museus, não têm pessoal capacitado, que o único museu que foi concebido para ser o que é, é o Museu Nacional; ela propõe que se faça um Projeto de Lei criando os museus, com dotação financeira e orçamentária, que os prédios dos museus sejam verdadeiramente adaptados para sua função. Ione propõe que os presentes se apresentem. A bibliotecária Lúcia, do Museu do Conselho Federal de Contabilidade se apresentou e disse não poder participar por não ser da área. Clarissa, Gerente do Centro Cultural Três Poderes; Carolina, interessada na área museológica;, Matias, estudante de Museologia; Silmara, professora da UnB, do curso de Museologia; Telma, do Museu de Valores do Banco Central; Simone, do Museu de Valores do Banco Central; Jevan, do Museu Memória Viva Comunitário da Ceilândia; Naira Naves, do Templo da Boa Vontade; Lúcia, da conservação e restauro do Museu Nacional; Lamartine, Gerente do Museu Nacional; Bezerra, do arquivo histórico e numismático do Museu de Valores do Banco Central; Luciana Ricardo, Gerente do Museu Vivo da Memória Candanga; Luciano, historiador da DePHA; Jeanette, pesquisadora da DePHA; Litza, assistente técnica da DePHA; Ana Taveira, do MAB; Alessandra, Gerente do Catetinho. Bezerra pediu a palavra e se disse incomodado com o trato que o Estado dá aos museus; acha que a Conferência será importante porque cultura é fundamental, que o país enriquece financeiramente, mas que não se dá valor e incentivo à cultura, que o pais é riquíssimo mas não se aproveita sua riqueza cultural, que tem que se retomar o pensamento de Aloísio Magalhães, que tem que se trabalhar ações educativas, que tem que se reapropriar do projeto de Mário de Andrade, que museu tem que ter museólogo, que cada local tem que ter seu profissional adequado e que ele seja bem remunerado; que ele quer formar grupo para o parque voltar a se chamar Parque da Cidade. Ione disse que isso só se consegue com leis, cobrados o seu cumprimento pela sociedade. Luciana informa que o terreno atrás do Museu Vivo está sendo loteado pela Terracap, para ser a Cidade do Servidor, para todos ficarem atentos que isso está acontecendo; quer saber quais foram as propostas apresentadas até agora. Martita informou a proposta da mesa e as anotações que fez da fala do Bezerra: ação educativa, capacitação e formação de quadro profissional. Ione acha que se deve propor a construção de um grande centro de conservação e restauro de excelência para o uso comum de todos os museus. Lamartine acha que pode ser adotado o modelo sistêmico, dotando a instituição maior com uma equipe de profissionais no órgão centralizador, que atenda os museus ligados a ele. Martita acha que isso acontecerá com a implantação do Sistema de Museus. Telma acha que o que está faltando é uma proposta que encaminhe essas reivindicações de cima para baixo, institucional, ao dirigente das instituições, com prazos e punições. Martita fala que a Lei 11.904 é a que cria o Estatuto de Museus e que determina essa reivindicação. Silmara conta que uma aluna dela a convidou para conhecer o Museu de Planaltina, que lá não há nada nem ninguém, que ela quer saber se há possibilidade de abrir concurso público para museólogos e quer saber da Ione como está o curso de Conservação e Restauro da UniEuro; que sua preocupação é saber quem vai atuar no Centro de Restauro proposto e que o IBRAM deve determinar até onde o museólogo pode ir, assim como o conservador e o restaurador; que ela se preocupa com a boa formação dos conservadores e restauradores. Martita sintetiza as propostas de Silmara: concurso público em níveis federal, estadual e municipal para provimentos de cargos em museus IBRAM, na Câmara Federal, para a regulamentação da profissão de Conservador e Restaurador. Cássio explicou a preocupação do IBRAM com isso. Glenio, Gerente do MAB, propõe se definir desde já a implantação do Centro de Conservação e Restauro, uma vez que no MAB esse projeto seria inviável. Ione disse para ele não se preocupar, pois um centro desses tem que ter uma arquitetura especial, que agora se tem o apoio da Espanha e da restauradora do Museu do Prado, Pilar Sedano, que se comprometeu a assessorar a implantação desse Centro. Matias acha que se deve começar a discutir os profissionais de museu; que um deles, muito importante, é o de educador. Ione contou que no dia em que foi lançado o curso de Museologia na UnB, ela abriu as portas da Secretaria e do conhecimento e experiência dela, mas que nunca foi procurada, embora as portas se mantenham abertas; quer que a UnB veja a Secretaria como uma possibilidade de parceria e a Smithsonian, onde ela fez mestrado, também. Matias quer formalizar sua proposta solicitando que em qualquer proposta que seja enviada, o educador seja lembrado e incluído. Luciana informa que no Museu Vivo existe um universo de educadores, de várias áreas e que se deve pensar na melhor forma de incluir os educadores, que ela fosse ampla, lembrando que alguns deles não são formados, mas são mestres na sua área de conhecimento e que deve ser possível encaixar os mestres como integrantes e funcionários de um museu. Cássio informa que existe uma nova publicação falando dos Mestres. Silmara propõe que o escritório do Niemeyer, via IBRAM, autorize a adequação dos museus para adaptá-los convenientemente às leis de segurança, pensando primeiramente nas pessoas. Respondendo à Silmara, Martita informou que a arquiteta da Secretaria, Zeli Dubinevics está lutando há algum tempo para promover essa adequação. Silmara propõe que o IBRAM assuma essa tentativa junto ao escritório de Niemeyer, que se transforme em Lei, essas adequações, que se exija essas mudanças, obrigando o escritório a se responsabilizar por algum sinistro que ocorra. Cássio informou que isso foi conseguido com a obra de restauro da Catedral e que ele não sabe porque não foi feito com os museus. Lamartine acha que se tem que buscar isso junto ao Corpo de Bombeiros e outros do gênero. Cássio sugere que os responsáveis pela obra da Catedral sejam procurados para orientação de como conseguiram sensibilizar Niemeyer. Jevan propõe que haja uma maior assessoria para aqueles que trabalham com museus comunitários, com a memória local; que haja um mapeamento dessas pessoas, pelo menos que a DePHA dê um apoio maior a elas; ou que se monte um grupo com essas pessoas que trabalham a cultura e a memória popular; que os órgãos públicos voltados para a preservação dêem uma maior assessoria a essas pessoas; se nas cidades satélites não se tem reconhecimento, que o órgão de patrimônio tenha, porque o trabalho que esses grupos comunitários fazem é maravilhoso; que ele briga, desde 1997, para conseguir um CNPJ, pois ele, como servidor público, não pode. Sintetizando: assessoria, por parte dos órgãos públicos, para os museus comunitários. Cássio recomenda que se leia a Lei do Estatuto dos Museus, que fala sobre os museus que não se enquadram em nenhuma categoria; que no Maranhão tem uma experiência interessante, que está no site do Governo do Maranhão. Luciana sugere a Jevan formar uma associação de amigos, que é capaz de lhe fornecer um CNPJ e outras facilidades; que existiu, na Secretaria, uma Gerência de Museus, que dava suporte aos museus; que a DePHA deveria retomar essa gerência, para dar suporte aos museus e propor ações nessa área. Martita relembrou da existência da Coordenadoria de Museus, mas na época em que a DePHA era um Departamento, mas que tudo será retomado com a publicação do Sistema de Museus. Cássio propõe que a indicação dos delegados seja feita logo em seguida à proposição da Alessandra, o que foi aceito. Martita informa que os três primeiros mais votados serão eleitos. Alessandra falou da precária situação de conservação do Catetinho e informa que o senhor Lucio Valadares, da CIMFEL, quer doar madeira. Cássio informa sobre a Lei Rouanet. Luciana explica que a Lei Orgânica do GDF não permite isso nem doação. Cássio propõe que sentem o senhor Lucio, um representante da Secretaria e negociem a publicidade em outro local, o que não pode acontecer é o Catetinho cair. Ione sugere que a CIMFEL faça publicidade, utilizando outros meios de comunicação que não seja o outdoor na frente do monumento. Luciana acha ser possível o estudo de locais de publicidade, sem a cobertura do bem tombado, junto com o IPHAN e IBRAM. Cássio contou que chamaram o empresariado para doar material para a recuperação de praças em Canoas e que as placas de propaganda foram colocadas em cinco pontos definidos. Lamartine informa que o GDF entende a doação como favorecimento. Passando para a votação, Cássio informa que são três representantes da sociedade civil e um indicado pelo GDF. Candidataram-se Silmara Küster de Paula Carvalho, Luciana de Maya Ricardo, Manoel Jevan Gomes de Olinda, Raimundo Bezerra de Sousa, Johanne Elizabeth Hald Madsen, Telma Cristina Soares Ceolin, Lucia Mafra da Silva. Após a apuração, foram eleitos como delegados do Distrito Federal, Luciana de Maya Ricardo, Silmara Küster de Paula Carvalho e Telma Cristina Soares Ceolin; e suplentes Raimundo Bezerra de Sousa, Johanne Elizabeth Hald Madsen e Lucia Mafra da Silva. Cássio passou algumas informações para os eleitos e informou que a ata deve ser encaminhada em cinco dias para o IBRAM. Nada mais havendo a tratar, a Diretora Substituta de Patrimônio Histórico e Artístico, no impedimento da Subsecretária, que teve que se ausentar para um compromisso, deu por encerrada a Assembleia e eu, Ana Maria Duarte Frade, lavrei a presente Ata, que será assinada por mim, pela Subsecretária, Ione Maria de Carvalho, pela Diretora Substituta de Patrimônio Histórico e Artístico, Marta Gomes de Almeida Icó, e pelos presentes. Brasília, Distrito Federal, vinte e cinco de janeiro de dois mil e dez.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Delegação DF

Foi definida hoje, em evento organizado pela DEPHA e pelo Ibram no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, algumas das pautas e a delegação que nos representará na Conferência Setorial a ser realizada no âmbito da Segunda Conferência Nacional de Cultura.

Foram eleitas:

Luciana Maya - Diretora do Museu Vivo da Memória Candanga
Silmara Küster - Conservadora e Professora representante do Curso de Museologia da UnB
Telma Ceolin - Diretora do Museu de Valores do Banco Central

P.A.S

Parabéns aos aprovados do P.A.S em Museologia!
Esperamos ansioasamente conhecê-los!

Museu Nacional da República tem grande potencial, mas ainda padece de indefinições administrativas e orçamentárias

Nahima Maciel
Originalmente Publicado no Correio Braziliense
Publicação: 25/01/2010

No mapa dos museus do Distrito Federal (DF), o Museu Nacional da República poderia ser considerado um caso de sucesso. Durante 2009, 789.633 visitantes passaram pelas 26 exposições montadas na oca projetada por Oscar Niemeyer. Todo tipo de mostra ocupou o local. Houve exposição institucional patrocinada por empresa espanhola, histórica em homenagem a JK e de design. A mais visitada, no entanto, era consagrada à produção de artistas contemporâneos. Impressões recebeu 69.538 pessoas. Sinal de que a vocação do maior museu da cidade pode ser mesmo a difícil e criticada arte contemporânea. O perfil da instituição é algo que a equipe responsável pelo museu constrói a cada ano com muita observação, erros e acertos e uma boa dose de trabalho duro.
O Museu Nacional da República tem conseguido atrair um bom público para as atividades que promove
Inaugurado em dezembro de 2006, o museu iniciou suas atividades sob fogo cruzado. As instalações foram abertas ao público antes mesmo de um projeto para definir a função da casa. Quase três anos depois, a instituição já conta com acervo, regimento e público crescente. A situação orçamentária não é diferente daquela enfrentada por seus irmãos pertencentes à Secretaria de Cultura do DF. O museu não tem orçamento próprio nem uma associação de amigos, o que facilitaria a execução de projetos de exposição.
O modelo de gestão ainda é indefinido — não se trata de uma autarquia nem de uma parceria com uma Organização Civil de Interesse Público (Oscip) — e uma série de problemas estruturais pairam sobre o prédio de Niemeyer. Mas dentro de um mapa catastrófico, o Museu Nacional da República é um privilegiado. A equipe de 41 pessoas — incluindo 12 vigilantes e nove estagiários — é a maior de todos os museus da secretaria. Na semana passada, a aprovação de uma emenda parlamentar proposta pelo deputado Geraldo Magela (PT) garantiu R$ 1 milhão para equipar a reserva técnica com os móveis necessários à armazenagem das obras de arte.
O recurso vai ajudar a construir as condições adequadas para a instituição abrigar o acervo do Museu de Arte de Brasília (MAB) e o conjunto de 298 obras doadas pela Polícia Federal (1), fruto de apreensão em operação de combate ao tráfico. Wagner Barja, diretor do museu, também quer destinar parte do dinheiro a um salão de arte com prêmio aquisitivo. “Não temos um prêmio nacional em Brasília e, no cinquentenário da cidade, a gente quer marcar esse território num plano mais continuado de prêmios”, avisa.
A agenda de 2010 inclui uma série de exposições internacionais que começa com obras do espanhol Joan Miró durante a comemoração dos 50 anos da cidade. Ao longo do ano, o museu deve receber mostra sobre a escola Bauhaus e obras do alemão Joseph Beuys. Entre os destaques brasileiros está uma retrospectiva da trajetória de Lucio Costa.
Após 2,5 anos à frente da instituição, Wagner Barja acredita que o saldo é positivo, mas ainda se aflige com uma boa quantidade de problemas. “A indefinição institucional não dá uma perspectiva clara a médio prazo para o equipamento. A gente faz porque é guerreiro, topa tudo, é meio voluntário. Provamos que o equipamento teve uma recepção pública muito favorável, mas ele não se institucionaliza, não se batiza”, lamenta, lembrando que cabe aos parlamentares do Distrito Federal decidir se o museu será uma autarquia ou entidade administrada por Oscip.
Também é preciso fazer ajustes no prédio para adequá-lo às normas de acessibilidade e encontrar uma solução para os estacionamentos externos. A falta de fiscalização facilita o estacionamento em locais proibidos e dificulta o acesso à instituição. “O caos urbano impossibilita até o movimento técnico do museu. Isso me dá prejuízo de queda de público em pelo menos 40% durante a semana. Ainda bem que (o museu) fica próximo à Rodoviária, na qual passam 800 mil pessoas por dia. Trabalhamos diariamente com 0,5% desse público”, diz Barja. “A gente vai tomando providência à medida que vai convivendo com o equipamento. O museu é um Titanic no Lago Paranoá e estamos vivendo um momento de muita fragilidade.”
Acervo precioso
O lote apreendido pela PF foi o primeiro passo para constituir um acervo para o Museu Nacional da República. O conjunto é formado especialmente por arte moderna brasileira e trouxe para Brasília obras de artistas como Anita Malfati, Cândido Portinari, Alfredo Volpi, Cícero Dias, Milton Dacosta, Alberto da Veiga Guignard e Samson Flexor.
Reforma indefinida
O abandono do Museu de Arte de Brasília (MAB) é um capítulo na história do Museu Nacional da República. Não há como falar de um sem citar o outro. “Somos irmãos”, brinca Glênio Lima, diretor do MAB, interditado em junho de 2007 pelo Ministério Público do Distrito Federal porque o acervo corria risco de ser danificado. O conjunto de 1.300 obras foi então guardado em uma sala do Museu Nacional e, durante alguns meses, seus administradores cogitaram a fusão das duas instituições. Polêmica, a ideia continua em pauta, embora um projeto arquitetônico para reforma do MAB já circule na Secretaria de Obras. “A gente está sempre sobressaltado com as coisas, mas o que hoje interessa é essa reforma. Estamos o tempo inteiro correndo atrás e, segundo a Secretaria de Obras, vai ser feito sim. Eles dizem que só depende de detalhamento do projeto”, garante Glênio Lima.
Concebido pela arquiteta Zeli Dubinevics, subsecretária de Políticas Culturais, o projeto inclui reformulação das instalações elétrica e hidráulica do prédio, adequamento da reserva técnica, salas de exposição, auditório e café, além de uma área destinada à reconstituição do ateliê de Rubem Valentim, com objetos doados pela família e amigos do artista. O projeto está na Secretaria de Obras, que aguarda a liberação de R$ 218 mil da Secretaria de Cultura para realizar o detalhamento necessário ao início das obras. Segundo assessoria do gabinete da Secretaria de Obras, o processo de detalhamento levaria 120 dias e a licitação para a reforma poderia começar logo em seguida, se houvesse recursos disponíveis para tal. O problema é que tal recurso ainda não existe.
Pontos fracos
# Falta de acessibilidade
# Carpete: um inconveniente para ambientes de museus, pois acumula fungos que podem migrar para as obras
# Elevador de carga: mal projetado, não comporta a entrada de obras em grande formato
# Enquanto não se conclui o processo de licitação que permitirá o funcionamento do restaurante no prédio circular ao lado do museu, o jeito é comprar água nos camelôs
Pontos fortes
# A reserva técnica, ainda em fase de montagem, permite o armazenamento das obras em perfeitas condições de climatização e acondicionamento
# A proximidade com a Rodoviária facilita o acesso e a democratização do espaço
# Os 7.844 m² de área expositiva atendem às normas mais exigentes de grandes museus internacionais
# No subsolo, uma sala destinada exclusivamente à segurança do museu abriga sistema ininterrupto de monitoramento de câmeras.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

o triste quadro em que se encontra o Memorial dos Povos Indígenas

por Nahima Maciel
Publicação: 18/01/2010 09:20

No interior do caracol em formato de oca que abriga o Memorial dos Povos Indígenas, a estudante francesa Alice Matton se encanta com os adornos coloridos em pena de arara e uma vitrine repleta de cerâmicas indígenas. A visita ao museu do índio fez sentido naquele dia. Alice acabava de presenciar uma manifestação indígena na Esplanada dos Ministérios. Uma lei aprovada no Congresso retirava a obrigatoriedade de postos da Funai em algumas regiões protegidas. Os índios não gostaram. E Alice decidiu dar uma volta no memorial para completar a experiência. Ficou frustrada. "Não há separação, está tudo misturado. Sei que as peças devem ser de vários povos diferentes, mas a mistura provoca uma leitura falsa. E não há explicações em inglês." Na mesma tarde em que Alice decidiu descobrir um pouco da cultura indígena brasileira, um casal visitava o espaço com um bebê de colo instalado no carrinho. Na saída, a surpresa. "Onde tem um ponto de táxi?", questionava. Não há táxi nas proximidades e o jeito foi pedir ajuda ao único segurança do local.
O Memorial dos Povos Indígenas fica no coração de Brasília, no Eixo que corta o centro administrativo da cidade. É vizinho a outro memorial, o JK, muito luxuoso e organizado. Mas, na oca indígena moderna desenhada por Oscar Niemeyer, nada é sofisticado. Ao contrário de seu vizinho, o prédio encerra até uma certa tristeza. O abandono das instalações torna inevitável enxergar no espaço o mesmo descaso que atinge as populações indígenas brasileiras. As lâmpadas queimadas não podem ser substituídas porque não são mais fabricadas, os vidros internos estão quebrados e o sol vaza sobre as peças expostas enquanto parte do acervo fica guardada em caixas de papelão ou no chão de uma reserva técnica sem ar- condicionado e climatização. "E não podemos mexer em nada sem pedir autorização para o Niemeyer", completa Marcos Terena, índio da aldeia Taunay (MS), militante dos direitos indígenas e atual diretor do memorial.
Terena, 55 anos, é um ex-piloto comercial formado pela academia da Força Aérea Brasileira (FAB). Fala francês, inglês e espanhol e, quando jovem, sonhava em ser piloto da Varig. Nos anos 1970, envolveu-se com a militância, brigou com a Funai e nunca mais voltou à aviação. Em agosto de 2007, aceitou o convite do secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho, para dirigir o memorial que ajudou a fundar em 1987. Terena gostou da ideia. Achou que assim poderia contribuir para uma política cultural de preservação dos 230 povos indígenas espalhados pelo território brasileiro. "Mas não basta ter o prédio. Quando cheguei aqui, compreendi isso. Todos os diretores que passaram por aqui não fizeram política cultural indígena e não prepararam o governo de Brasília para esse encontro", constata Terena.
Quando iniciou a gestão, o diretor se deparou com uma série de dificuldades primárias. Apenas um funcionário integrava a equipe do memorial. Hoje, eles são sete. "Foi difícil achar funcionário público para trabalhar aqui", lembra o diretor. "Ninguém queria vir para cá." Na tentativa de dar vida ao local, Terena investiu em eventos que se estendessem pelas dependências do museu e parcerias com instituições que pudessem contribuir com uma pintura aqui, uma lâmpada ali e até a troca de um vidro quebrado.
Como os outros museus do Governo do Distrito Federal (GDF), o memorial não tem orçamento próprio nem autonomia administrativa, o que dificulta as parcerias. "Da última vez que fizemos um evento, a Polícia Militar veio aqui a mando do Paulo Octávio (vice-governador) e fez um relatório proibindo de fazer eventos interculturais como o Encontro dos Povos do Cerrado, porque estragaria a grama e não tinha estacionamento", lamenta Terena. "Não estamos aqui só fazendo exposição de peças indígenas. Queremos mostrar que índio não é coisa de museu, por isso são importantes esses eventos interculturais."
O secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho, admite que o maior problema do memorial - a falta de orçamento próprio - é também um problema da própria secretaria. "A gente não tem orçamento, ele é contingenciado em 80%. A gente faz as coisas por etapa", diz. "Fiz tudo para trazer o Terena e ele tem autonomia total." Para a subsecretária de Políticas Públicas, Ione Carvalho, uma solução está em constituir uma equipe de cientistas - pesquisadores e sertanistas - para incrementar as atividades do memorial. "O problema é o orçamento. Temos o FAC para a comunidade, mas os museus de Brasília não têm nada. É uma coisa horrorosa, que me desespera. Tenho formação em antropologia social e trabalhei com índios, para mim esse museu era uma bandeira", lamenta Ione. "Estou tentando fazer uma comissão científica. Todo verdadeiro museu tem que ter pesquisadores, não pode ser apenas uma sala de exposição. Queremos fazer o desenho de uma exposição para ser colocada no museu até o fim do ano." Em abril, o memorial recebe uma exposição de peças da Fundação Darcy Ribeiro. Até lá, no entanto, vidros continuarão quebrados e "gatos" serão feitos em algumas luminárias obsoletas para não deixar o prédio sem luz.

Doações de Darcy

A principal coleção de peças do Memorial dos Povos Indígenas reúne um acervo de 380 peças doadas pelo antropólogo Darcy Ribeiro e sua mulher, Bertha. Realizada em 1997, a doação incluiu um conjunto de adornos confeccionados com plumas de arara pelos povos Ka?apor, do Maranhão. As peças datam da década de 1950 e são muito raras. "Hoje, você não encontra mais isso", garante Marcos Terena. O acervo doado pelos Ribeiro é resultado de quatro décadas de pesquisa de campo e foi coletado em todas as regiões brasileiras.
O memorial não tem museólogo nem curador. A organização das peças é feita pelo próprio Terena e uma reduzida equipe. Nem todas as peças contam com etiqueta, mas algumas vitrines informam a origem dos povos autores do artesanato e sua localização. Nas paredes e divisórias, pinturas de índios que visitam a cidade compõem o cenário. Na parte de baixo, uma área de exposições temporárias fica reservada para artistas de todo o país. Projetado tal qual uma oca ianomami, o prédio é construído em volta de uma praça externa coberta com areia e bancos de tronco de madeira. Em frente, uma varanda com estrutura para cafeteria completa a área externa. "Mas não podemos nem montar uma lanchonete aqui", lamenta Terena. Na praça central, a sombra fica por conta de uma língua de concreto apelidada de "beiço do Juruna".

originalmente publicado no Correio Braziliense.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Notícias!

Bom dia!

Hoje, no Correio Braziliense saiu uma matéria sobre os cubos de Athos Bulcão.

Confiram: Revitalização da obra de Athos Bulcão no Teatro Nacional